Açoriano Oriental
Mota Amaral vê como indispensável países fazerem valer os seus interesses na UE
O deputado social-democrata e ex-presidente do Parlamento João Bosco Mota Amaral defendeu como indispensável que os países "com interesses próximos" tenham "iniciativas para fazer valer esses interesses
Mota Amaral vê como indispensável países fazerem valer os seus interesses na UE

Autor: Lusa/AO Online

 

Mota Amaral falava à agência Lusa à margem da conferência “Grécia? E Agora?”, na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, depois de ter repetido à assistência o alerta deixado na semana passada pelo ex-presidente da Comissão Europeia José Manuel Durão Barroso para a necessidade de os pequenos países terem iniciativa.

“É indispensável que exista iniciativa dos países que têm interesses próximos para fazer valer esses interesses no plano europeu”, disse o deputado social-democrata e fundador do PPD.

Mota Amaral, que respondia a uma questão sobre as posições assumidas por Portugal em relação à Grécia após a vitória do partido antiausteridade Syriza, sublinhou que “o governo português reafirmou ainda recentemente, como não pode deixar de ser, a sua solidariedade para a resolução do problema da Grécia”.

Antes, na intervenção que fez, Mota Amaral manifestou poucas expectativas de que os quatro meses dados à Grécia sejam suficientes para mudar a política europeia, sublinhando que os governos socialistas de França e da Itália também prometeram mudá-la mas “não alteraram o panorama”.

Identificando como “o problema de fundo da UE” o “desequilíbrio entre o norte e o sul”, o social-democrata recusou “diabolizar” a chanceler alemã, Angela Merkel, caracterizando-a como “um caso de estudo de sucesso na Europa” pela liderança forte e prolongada, reconhecendo nela um “estatuto de imperatriz” patente quando “a primeira coisa que os líderes europeus fazem é ir a Berlim”, onde “se atropelam no beija-mão”.

“Não é saudável, mas é o que se passa”, afirmou, defendendo que “o discurso dos patriarcas (europeus) deve ser retomado” porque “é preciso entusiasmar os cidadãos por uma cultura política europeia de paz e de igualdade entre os Estados”.

PUB
Regional Ver Mais
Cultura & Social Ver Mais
Açormédia, S.A. | Todos os direitos reservados