Açoriano Oriental
Morreu a cantora mexicana Chavela Vargas
A cantora mexicana de origem costa-riquenha Chavela Vargas morreu domingo aos 93 anos, em Cuernavaca, México, de insuficiência respiratória, depois de domingo de manhã se ter agravado o seu estado de saúde, indicou o seu médico à agência Efe.
 Morreu a cantora mexicana Chavela Vargas

Autor: Lusa/AO online

“Ela esteve muito lúcida até ao último momento e expressou o desejo de que o México, que sofre muitas convulsões, melhore, e disse que leva as melhores recordações e os aplausos do seu público”, disse o médico, José Manuel Nuñez.

“Silêncio, silêncio: a partir de hoje, as amarguras voltarão a ser amargas… morreu a grande senhora Chavela Vargas”, informava-se na sua conta da rede social Twitter.

“Aqui termina a minha história que começou do nada, dá-me a mão, #Llorona, que venho muito abalada”, acrescentava pouco depois outro tweet.

A artista de 93 anos morreu às 12:55 locais (18:55 de Lisboa) devido a uma insuficiência respiratória aguda, a uma broncopneumonia crónica e a uma falha renal crónica agudizada, precisou o especialista responsável pelos seus cuidados.

O médico indicou que Chavela morreu muito serena e tranquila, recordando “o seu México” nos últimos momentos e toda a sua gente, agradecendo em particular aos meios de comunicação e a todas as pessoas o seu apoio.

A artista, cujo verdadeiro nome era Isabel Vargas Lizano, estava hospitalizada desde domingo passado e a ser acompanhada pela equipa médica liderada por José Manuel Nuñez no hospital Inovamed de Cuernavaca, capital do estado central de Morelos.

Umas horas antes da morte, o médico havia informado que a cantora acordara com maiores dificuldades respiratórias, devido à sua infeção pulmonar, embora se tivesse mantido sempre desperta e consciente.

O médico explicou ainda que não tinham podido colocá-la no ventilador, porque a artista se opôs desde o primeiro momento a métodos invasivos.

Chavela Vargas chegou ao México a 26 de julho, depois de quase um mês em Espanha, para onde viajou para dar um recital com temas do disco que dedicou ao poeta Federico García Lorca, intitulado "La luna grande", e para presentar as suas memórias.

Este esforço levou-a ao hospital a 12 de julho na capital espanhola, onde esteve internada a 21 de julho.

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