Autor: Lusa/AO Online
Os militares estiveram 10 dias em Moçambique empenhados em operações de transporte de bens, purificação de água, desobstrução de vias na Beira e avaliação e reconhecimento aéreo das zonas críticas, através de drones.
O comandante Pedro Nunes, chefe da força especial, falou à chegada sobre o cenário que encontrou e as dificuldades no terreno afetado pelo ciclone idai que já provocou 598 mortos.
“Chegamos com um sentimento de dever cumprido. Nós centramo-nos em quatro vetores em parceria com as autoridades moçambicanas: purificação da água, transporte e distribuição de bens e a cobertura área com drones para se perceber o grau de distribuição”, disse
À chegada, explicou Pedro Nunes, surpreendeu o grau de destruição encontrado.
“Mas, apesar disso, não tivemos dificuldades pois o grupo era experiente e facilitaram o trabalho. (…) Tivemos também ajuda da comunidade portuguesa residente na Beira”, disse.
Hoje regressaram cerca de 60 elementos da Força Especial de Bombeiros, da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), Unidade de Emergência de Proteção e Socorro da Guarda Nacional Republicana, bombeiros do distrito de Santarém, do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e da EDP.
Em Moçambique vão ainda permanecer 28 elementos do INEM (Hospital de Campanha), um comandante da ANEPC, quatro militares do GIPS/GNR (dois a operar com drones e dois a ministrarem formação à comum idade de Búzi para operar a estação de tratamento de água, que foi doado pelo governo português a Moçambique) e três elementos da FEB/ANEPC (para apoio em operações logísticas).
O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, destacou também à chegada dos elementos da missão o excelente trabalho da missão em coordenação com as autoridades moçambicanas.
“O Governo declarou que a fase de salvamento está concluída. A prioridade está na área humanitária e de apoio à saúde pública. Em Moçambique ficaram alguns elementos desta missão em articulação com as autoridades locais para garantir a formação e purificação da água em Búzi”, disse.
Eduardo Cabrita destacou também o trabalho no Hospital de campanha do INEM, transportado no final da semana e que já fez dois partos.
“Moçambique está a renascer. Há novas vidas. Depois virá a reconstrução da economia e de apoio aos empresários portugueses”, disse.