Autor: Lusa/AO Online
A chanceler disse que o pacote é "necessário", acrescentando que têm também de se "atacar os problemas pela raiz", combatendo as causas da crise.
Neste contexto, a consolidação orçamental nos Estados membros do Euro "assume uma extraordinária importância", disse a chanceler.
Por isso, quem precisar de ter acesso às garantias criadas terá de apresentar programas de consolidação financeira que serão regularmente apreciados, lembrou.
Todos os países do Euro Grupo comprometeram-se ainda em acelerar a consolidação orçamental.
Merkel saudou expressamente a decisão de Portugal e Espanha de reforçarem as suas medidas de austeridade, considerando estas decisões uma "importante mensagem aos mercados".
Por seu turno, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Guido Westerwelle, garantiu também que vão ser combatidas as causas que levaram a esta crise.
"Os Estados nacionais têm de poupar mais, a Europa tem de estar disposta a fazer reformas e os mercados financeiros têm de ser regulados", disse o político liberal.
Westerwelle advertiu ainda que as ajudas a Estados em dificuldades "não serão grátis e estes terão de fazer os seus trabalhos de casa".
Merkel anunciou na ocasião que o executivo de centro-direita em Berlim aprovará na terça feira, em reunião extraordinária, a lei relativa ao pacote de ajudas europeias.
O projeto de lei será depois submetido às duas câmaras legislativas, mas sem carácter de urgência, ao contrário do que aconteceu na semana passada com a lei referente aos créditos à Grécia.