Autor: Lusa / AO online
Na habitual mensagem por vídeo aos sábados, a chanceler avisou que se não se melhora a segurança externa, algo evidenciado pela crise dos refugiados, a atividade económica na UE pode acabar por ser prejudicada.
"Devemos proteger as nossas fronteiras externas porque queremos manter Schengen", afirmou Merkel numa alusão à zona europeia de livre circulação de pessoas, bens e mercadorias. Senão, adiantou, "põe-se em perigo a zona de livre circulação no mercado comum, que é um fundamento do nosso bem-estar".
Todos os sócios europeus concordam com isto, agora o que temos que fazer é estudar como materializar na prática a proteção das fronteiras externas, adiantou Merkel.
Neste âmbito, a chanceler defende que é um ponto-chave a implementação do acordo entre a UE e a Turquia assinado em finais do ano passado e segundo o qual os 28 pagarão 3.000 milhões de euros para financiar parcialmente os custos de manter milhões de refugiados sírios no seu território e para aumentar a vigilância na fronteira turco-grega.
A chefe do governo alemão prevê viajar na próxima segunda-feira para a Turquia para se reunir com o homólogo turco, Ahmet Davutoglu.
A solução também passa por um compromisso de todos os sócios europeus em aceitar "contingentes legais de refugiados", uma proposta essencialmente alemã que gerou uma intensa recusa nalgumas capitais do continente.