Autor: Lusa/AOnline
Nos primeiros minutos, o conjunto madeirense deu a sensação de que poderia lutar pela qualificação para a fase de grupos da Liga Europa, mas cedo a equipa orientada por Van der Gaag mostrou insuficiências e esbarrou no futebol mais objectivo e acutilante do adversário.
Logo no primeiro minuto, o árbitro da partida perdoou uma grande penalidade ao BATE Borisov, num lance em que Danilo Dias tomou a iniciativa de rematar com a bola a ser desviada com a mão de um defesa bielorrusso.
Apesar de precisarem de marcar golos, os madeirenses foram pouco ofensivos e nas poucas vezes que se acercaram da baliza de Gutor fizeram-no sempre de forma displicente, com os lances a enfermarem de esclarecimento.
O único lance de verdadeiro perigo criado pelo Marítimo na primeira parte aconteceu, aos 34 minutos, quando o franco-argelino Cherrad, servido por Danilo Dias, ficou em posição de remate, mas fê-lo de forma deficiente, com a bola a sair ao lado do poste esquerdo de Gutor.
O BATE, mais interessado em explorar a vantagem e fazer passar o tempo, apostou sempre no contra-ataque, conseguindo perturbar em dois lances a equipa madeirense, com Radionov e Kontsevoi em plano de destaque.
Com o “nulo” com que as duas equipas atingiram o intervalo, esperava-se um Marítimo mais acutilante no segundo tempo, mas a falta de ideias voltou a pautar o jogo dos insulares, sempre incapazes de contrariar a melhor organização e experiência do adversário do Leste.
Aos 51 minutos, Marquinho entendeu-se bem com Baba, mas o remate do brasileiro levou a direcção da malha lateral
No minuto seguinte, o BATE Borisov chegou à vantagem, por intermédio de Pavlov, num lance em que Marcelo conseguiu suster um primeiro remate, mas viu-se batido no segundo.
Mitchell Van der Gaag apostou então nas entradas de Adilson e Kanú, na tentativa de remediar a fraca produção ofensiva da sua equipa, numa altura em que o descrédito se apoderara da equipa madeirense.
Sem deixar de lutar pelo resultado, o Marítimo passou a denotar resignação, uma vez que o resultado já não permitia sonhar com a qualificação.
Se colectivamente as coisas não funcionavam, Danilo Dias, aos 74 minutos, tratou de resolver sozinho um lance pela esquerda, com duplo remate, mas com a bola a sair ao lado da baliza de Gutor.
O BATE, por sua vez, geria a seu belo prazer o jogo como mais lhe convinha, perante a desorganização do Marítimo, incapaz de criar um lance com princípio, meio e fim.
Os últimos 25 minutos do jogo foram passados numa toada lenta, tediosa e pouco atrativa, com o Marítimo entregue à sua sorte, enquanto o adversário geria o esforço e o calor intenso.
Contudo, aos 90 minutos, o Marítimo chegou à igualdade: Marquinho cruzou na direita e Kanú surgiu sobre a linha a fazer o golo.
Já em período de compensação concedido pelo árbitro, o BATE chegou à vitória, com Skavysh, em posição de remate, a bater Marcelo pela segunda vez.