Açoriano Oriental
Marinho Pinto vai revogar pagamento de complementos de reforma na Ordem
O bastonário da Ordem dos Advogados, Marinho Pinto, anunciou hoje a intenção de revogar o pagamento de complementos de reforma aos funcionários da Ordem como uma das formas de reduzir as despesas do organismo.
Marinho Pinto vai revogar pagamento de complementos de reforma na Ordem

Autor: Lusa / AO online

“Há uma bomba relógio financeira na Ordem dos Advogados, que é o complemento de reforma que a Ordem paga a todos os funcionários que se reformam e vamos revogar isso, sem perda dos direitos adquiridos”, afirmou Marinho Pinto, nas Caldas da Rainha.

“Temos que cortar nas despesas e não pode passar deste mandato”, frisou o bastonário, durante uma intervenção na conferência "Os Recursos em Direito Penal", organizada pelo IAPI (Instituto dos Advogados em Prática Individual) e pela delegação da Ordem dos Advogados nas Caldas da Rainha.

Marinho Pinto assegurou aos advogados que não irá aumentar as quotas (de 450 euros/ano), mas alertou para a necessidade de “resolver o problema financeiro” da Ordem, cujas receitas de procuradoria decresceram de “três para um milhão de euros”.

Uma das medidas do bastonário passou já por não ter aumentado os salários dos funcionários da Ordem nos últimos dois anos, “porque os aumentos com pessoal [salários, seguros e outras despesas relacionadas com os funcionários] tinham tido nos últimos seis anos aumentos de dez por cento ao ano".

“Achei que devia parar, porque havia, e há, funcionários lá [na Ordem] a ganhar seis mil euros", disse o bastonário, que admite igualmente avançar com a “redução de funcionários”, sem despedimentos, mas “negociando saídas, dentro da legalidade”.

Com "três milhões de dívidas de quotizações” e os advogados cada vez mais renitentes em pagar as quotas, Marinho Pinto deixou igualmente o aviso de que “muito em breve" vai "suspender o seguro, o certificado digital e o acesso à área reservada do site” a todos aqueles que não tiverem as quotas em dia.

“Vamos dar a possibilidade àqueles que têm dividas elevadas de pagar em prestações, sem juros, mas todos têm que pagar”, assegurou.

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