Açoriano Oriental
Marcelo salienta que a autonomia "fez a diferença" nos Açores e no país

O Presidente da República considerou hoje que a autonomia dos Açores “fez a diferença” na vivência açoriana, mas também portuguesa, manifestando orgulho por ter votado como deputado da Assembleia Constituinte este regime de governação do arquipélago.


Autor: Lusa/AO online


“Conheço os Açores há muitas décadas. Sou testemunha não de um momento, mas de um longuíssimo processo histórico só possível devido à autonomia que, tal como consagrada na Constituição, fez a diferença na vivência açoriana e, por isso, também na vivência portuguesa”, declarou Marcelo Rebelo de Sousa.

O chefe de Estado, que recebeu hoje, na Câmara Municipal de Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, a Chave de Honra do Município, referiu que todos os constituintes “perceberam o alcance do que estavam a votar, e eu certamente percebi”.

E Marcelo Rebelo de Sousa percebeu que este era um “processo imparável, irreversível, de virtualidades crescentes e que, longe de ser contraditório com o todo nacional em que nos integrávamos, só valorizava e enriquecia”.

As décadas que disse ter privado com os Açores e os açorianos “vieram confirmar o acerto desta visão”.

O mais alto magistrado do país declarou que mesmo antes de receber esta distinção da edilidade, que o honra e à nação, já se considerava um pontadelgadense e "beneficiário do direito" de ser visto pelos locais como um deles, porque é um “aliado, sempre incondicional”.

Para Marcelo esta “aliança que vem das afinidades afetivas, ou espirituais, não passa, uma vez criada dura até ao fim da vida”.

O Presidente da República considerou que o facto de Ponta Delgada ser a “capital de Portugal” por estes dias, uma expressão do presidente da Câmara Municipal de Ponta Delgada, José Manuel Bolieiro, é uma homenagem prestada” à cidade e, através, desta, à Região Autónoma dos Açores e a “todas e todos os açorianos”.

O Presidente da República referiu que os Açores estão “permanentemente no coração de todas e todos os portugueses”, e Ponta Delgada “de um modo muito especial”, sendo que o entrosamento vivido nestes dias “só peca por ser escasso pelo tanto que haveria a agradecer” em homenagem a “estas terras e estas gentes”.

A decisão da Câmara Municipal de Ponta Delgada, presidida pelo social-democrata José Manuel Bolieiro de atribuir a Chave de Honra do Município, a mais alta distinção honorifica municipal, ao Presidente da República Portuguesa prende-se com o facto de a cidade ser este ano sede oficial da celebração do Dia de Portugal e das Comunidades Portugueses.

De acordo com o regulamento das distinções honorificas da autarquia a Chave de Honra do Município destina-se a "galardoar titulares de órgãos de soberania nacionais ou estrangeiros e personalidades nacionais ou estrangeiras de reconhecida projeção e prestígio, que tenham desenvolvido ou desenvolvam ação meritória relacionada com o Município de Ponta Delgada ou que a ele se desloquem em visita de interesse relevante".

As comemorações nos Açores terminam no domingo com a cerimónia militar, no Campo de São Francisco, onde vão estar cerca de 1.300 militares dos três ramos das Forças Armadas concentrados numa parada militar.


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