Açoriano Oriental
Marcelo considera visita do primeiro-ministro a Angola uma “ocasião única”

O Presidente da República disse hoje que a visita do primeiro-ministro português a Angola é uma "ocasião única" para um entendimento entre os dois países.

Marcelo considera visita do primeiro-ministro a Angola uma “ocasião única”

Autor: Lusa/AO online


"Acho que esta é uma ocasião única. Não é por acaso que o primeiro-ministro está lá [Angola] agora e daqui a dois meses estará cá o Presidente de Angola", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, em declarações aos jornalistas.

Falando em Celorico de Basto, distrito de Braga, à margem da inauguração da remodelação da escola secundária daquele concelho do distrito de Braga, o Presidente sublinhou que a deslocação de António Costa a Luanda "quer dizer que há uma vontade muito grande de estabelecer um entendimento, uma parceria estratégica, essencial para a posição portuguesa no mundo e essencial para a posição angolana no mundo".

"Este é o momento. Isso passa pela economia, finanças, problemas sociais, pelo entendimento político e passa muito pela educação. Passa muito por os portugueses e os angolanos acreditarem nisto, acreditarem nesta comunidade", reforçou.

Questionado se os últimos anos de dificuldades nas relações entre os dois países representaram um atraso, Marcelo reconheceu ter havido "um compasso de espera".

"Eu sou um otimista. Houve aqui, de facto, um compasso de espera, agora temos de recuperar, acelerando aquilo que é preciso acelerar e há muito que deve ser acelerado", defendeu.

O primeiro-ministro, António Costa, chegou hoje a Luanda para uma visita oficial de dois dias a Angola, durante a qual procurará retomar rapidamente os níveis anteriores a 2014 nas relações económicas e normalizar os contactos bilaterais político-diplomáticos.

Esta visita oficial do primeiro-ministro a Angola acontece após um período de impasse político entre os dois países, depois de a justiça portuguesa ter constituído como arguido o antigo vice-presidente angolano Manuel Vicente.

Só na sequência da decisão judicial de transferir o processo de Manuel Vicente para Luanda, em maio passado, é que as visitas de alto nível de Estado deixaram de estar suspensas por determinação do Governo angolano.


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