Autor: Lusa / AO online
Dezenas de manifestantes, que a polícia irlandesa conteve para além de uma barreira de segurança, gritavam que Blair tinha “sangue nas mãos”.
Mais de três centenas de pessoas esperaram numa fila para a primeira assinatura pública de “A Journey (Uma viagem)” e tiveram de entregar malas e telemóveis antes de entrar na livraria.
Segundo a Waterstone’s, a maior cadeia de livrarias do Reino Unido, a autobiografia alcançou vendas “sem precedentes” no primeiro dia de publicação.
Nas 718 páginas do livro, Blair defende a sua década no poder, incluindo a decisão de invasão do Iraque em 2003. A outra “guerra” que enfrentou foi contra “o desastroso” Gordon Brown, seu ministro das Finanças durante 10 anos e seu sucessor na chefia do Governo.
Uma outra sessão de autógrafos está marcada para quarta feira em Londres.
Entretanto, foi criado um grupo na rede social Facebook apelando a que se mude a localização do livro de Blair nas livrarias da zona de “autobiografias” para a de “crime”. O grupo “Subversivamente mudem as memórias de Tony Blair para a secção de crime nas livrarias” conseguiu mais de duas mil adesões em dois dias.
O antigo dirigente trabalhista prometeu dar todos os seus direitos de autor, incluindo um adiantamento de 5,6 milhões de euros, a uma organização caritativa que ajuda militares feridos ou necessitados.