Manifestações em vários continentes antes da cimeira de Glasgow
22 de out. de 2021, 18:00
— Lusa/AOonline
Manifestações
decorreram em vários países, no Uganda, no Bangladesh, na Índia, na
Suécia, na Alemanha e em Portugal, para exigir medidas que impeçam
perigosos níveis de aquecimento e tenham em conta a situação dos povos
mais pobres, que são particularmente atingidos pela mudança do clima.Milhares
de pessoas, sobretudo jovens, deslocaram-se até ao icónico Portão de
Brandemburgo, na Alemanha, carregando faixas e cartazes, enquanto
gritavam palavras de ordem como “Age agora ou nada mais tarde” e “Não
derretam o nosso futuro”. Muitos
apelaram ao novo Governo alemão para dar mais atenção à mudança
climática. Três partidos, incluindo os ambientalistas Verdes, estão a
negociar a formação de uma coligação governamental, na sequência das
eleições de 26 de setembro, que relegou para segundo lugar a união de
centro-direita da chanceler Angela Merkel.Este
bloco não faz parte das negociações, embora Merkel deva participar na
cimeira da ONU sobre o clima, no próximo mês como chefe de um governo
interino.Em
Estocolmo, a ativista sueca Greta Thunberg participou no protesto. A
sua greve semanal às aulas pelo clima (sexta-feira) ajudou a inspirar um
movimento internacional de contestação que ganhou forma em grandes
manifestações regulares, antes de a pandemia de covid-19 impedir
ajuntamentos. Em
Portugal, várias dezenas de jovens do coletivo "Greve Climática
Estudantil" concentraram-se à porta da escola António Arroio, em Lisboa,
tendo-se juntado depois a alunos em outras duas escolas para se
manifestarem em defesa da urgência de justiça climática.