Autor: Lusa/AO Online
Citada numa nota de imprensa divulgada pelo Governo Regional, Sofia Ribeiro indicou que “80% dos professores colocados estavam há mais de 10 anos à espera para terem um vínculo com estabilidade”.
A informação foi dada no âmbito da discussão de uma proposta do PSD, CDS-PP e PPM para a criação de um regime de concessão de bolsa de estudos para a frequência de mestrado na área da formação de professores, refere a nota de imprensa.
Quanto à aposta na Universidade dos Açores, a governante recordou que o orçamento do Governo Regional, de coligação PSD/CDS-PP/PPM, contempla, para este ano, uma verba de 75 mil euros para a criação de cada mestrado nas áreas mais carenciadas.
Sofia Ribeiro lembrou que, a nível do ensino secundário, os grupos “de inglês, de matemática, de físico-química, de biologia e geologia e de informática” são os mais carenciados.
A titular da pasta da Educação ressalvou que o âmbito da proposta de criação de bolsas para mestrado “não é de apenas conferir habilitação aos jovens açorianos”, mas “fazer com que um jovem queira enveredar por um curso via ensino”.
Para a secretária regional, “esta medida tem de ser acompanhada de outras que dignifiquem e valorizem a profissão docente”.
Sofia Ribeiro indicou a autonomia dos professores, o excessivo trabalho burocrático existente nas suas funções, os direitos laborais e o combate à precariedade da profissão.
De acordo com a responsável, em apenas um ano “foram lançadas mais 30% das vagas que o Governo socialista tinha lançado em oito anos”.
Segundo a secretária da Educação, já foram lançados o concurso para afetação e o concurso para a contratação de professores para o próximo ano letivo, que vão “mais do que duplicar o número de professores de apoio nas escolas”.
Sofia Ribeiro acrescentou a importância da altura do lançamento do concurso “para evitar a fuga de professores à posteriori”.
“Ao lançarmos estas vagas agora estamos a criar condições para que os professores fiquem colocados na nossa região e para que não fujam para outros territórios nacionais”, reforçou.
Após a análise do presente ano letivo, vai ser feita “a aferição, com o Conselho Coordenador do Sistema Educativo Regional, das necessidades quanto à fixação dos professores”, disse.