Açoriano Oriental
Madeira não tem registo de casos de sarampo desde 2013
A Madeira tem uma taxa de cobertura acima dos 98% nas 13 vacinas recomendadas pelo plano nacional de vacinação, não havendo registo de casos de sarampo desde 2013, anunciou hoje a Secretaria Regional da Saúde (SRS).
Madeira não tem registo de casos de sarampo desde 2013

Autor: Lusa/AO Online

 

Segundo uma nota da SRS, essa taxa "garante a imunidade da população em todas as doenças alvo do esquema vacinal recomendado".

"Esta elevada cobertura vacinal permite imunizar quem é vacinado, mas também evitar a propagação de doenças, uma vez que a imunidade de grupo impede a circulação de agentes patogénicos", refere ainda.

O Instituto de Administração da Saúde e Assuntos Sociais (IASAÚDE) é a entidade de saúde regional que coordena o programa de vacinação a nível regional, acompanhando o esquema de vacinação recomendado pela Direção-Geral da Saúde, assessorado pela Comissão Técnica Regional de Vacinação.

O esquema de vacinação recomendado "tem como objetivo obter a melhor proteção, na idade mais adequada e o mais precocemente possível".

Considerando a situação epidémica de sarampo que ocorre em território de Portugal continental desde janeiro do corrente ano, a SRS revela que o IASAÚDE tem vindo a emitir vários comunicados informativos aos serviços de saúde e às escolas.

Nesse sentido, a SRS realça não haver "registo de casos de sarampo na Região Autónoma da Madeira (RAM) e que o último caso de sarampo confirmado na RAM ocorreu em 2013, "tratando-se à data de um caso importado de uma turista alemã não vacinada".

O último caso de sarampo confirmado na Região data, porém, de 1999.

A cobertura vacinal na RAM em relação ao sarampo é igualmente alta, sendo acima dos 98% para a primeira dose e 97% para a segunda dose, pelo que "a probabilidade de propagação do vírus do sarampo é muito reduzida mesmo em meio escolar".

A nota adianta ainda que "as recusas da vacinação na Região são diminutas", tendo sido registada "apenas uma" em 2016.

Desde 2010, contudo, "registaram-se 25 recusas".

A SRS indica ainda que o IASAÚDE está a convocar as crianças que faltaram à vacinação contra o sarampo.

A Região dispõe de 1.500 vacinas, "stock suficiente para cobrir as necessidades nesta vacina", diz a Secretaria.

A SRS lembra que a vacinação "é reconhecida como a principal medida de prevenção", é gratuita e "está disponível".

O Programa Regional de Vacinação recomenda a vacinação com duas doses, aos 12 meses e aos 5 anos de idade.

A SRS informa ainda que os Centros de Saúde da RAM, em colaboração com as comunidades educativas e outros parceiros comunitários, estão disponíveis para prestar informações e esclarecer dúvidas sobre a situação do sarampo, enquanto doença, cadeia de transmissão da mesma, vacinação, grupos de risco, medidas de gestão perante um caso possível ou provável, bem como, estão a proceder ao levantamento das crianças elegíveis e com prioridade para cumprirem a VASPR I ou VASPR II, sempre que a situação vacinal em falta justifique a convocatória.

Informa ainda que a Direção-Geral da Saúde, através do endereço [email protected], presta informações aos representantes da Comunidade Escolar e a Linha Saúde 24 (808 24 24 24) assegura respostas concretas às questões colocadas pelo telefone.

O IASAÚDE, IP-RAM, adianta a SRS, "continua a acompanhar a situação a nível nacional e mantém os mecanismos de vigilância epidemiológica habituais de forma integrada e articulada com a rede de autoridades de Saúde Regionais".

Relativamente à vacina da grávida contra a tosse convulsa que desde 2016 foi introduzida no esquema vacinal recomendado pela DGS, "a Região aguarda pela conclusão de um procedimento nacional para aquisição, o qual deverá ficar concluído até final de abril".

A SRS diz ainda existirem "cerca de 300 vacinas disponíveis nas farmácias comunitárias da Região".

Portugal regista atualmente um surto de sarampo que já infetou pelo menos 21 pessoas, tendo levado à morte de uma jovem de 17 anos, que não se encontrava vacinada.

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