Autor: Lusa/AO Online
A visita, que inclui escalas em Israel, Cisjordânia e Jordânia, “reflete a crescente aproximação do Brasil com países do Médio Oriente e [Lula da Silva] discutirá, em cada destino, o estreitamento dos laços bilaterais comerciais e de cooperação”, destacou o ministério das Relações Exteriores num comunicado.
Segundo a mesma fonte, nesta viagem serão abordados temas da agenda internacional como “o reinício das negociações israelo-palestinianas e a disposição do Brasil para contribuir para a engrenagem do processo de paz no Médio Oriente”.
O presidente brasileiro é acompanhado por uma comitiva de ministros, governadores e setenta empresários e iniciará a sua agenda de compromissos segunda feira, de acordo com a presidência.
Na primeira visita oficial de um governante brasileiro a Israel, Lula encontrar-se-á com o seu homólogo israelita, Simon Peres, a quem já acolheu na capital brasileira, em novembro de 2009, uma semana antes de também ter recebido o presidente da Autoridade Nacional Palestiniana (ANP), Mahmud Abbas.
Em Israel, Lula da Silva manterá ainda reuniões particulares com o primeiro ministro, Benjamin Netanyahu, com a líder da oposição e diversos representantes da sociedade civil. Assistirá ainda a um seminário empresarial e a uma sessão do Parlamento.
Depois de Israel, Lula da Silva visitará os territórios palestinianos da Cisjordânia, onde será recebido por Abbas e pelo primeiro ministro, Salam Fayad.
Em Ramallah, depositará uma coroa de flores junto ao túmulo do falecido líder palestiniano Yasser Arafat e inaugurará a avenida Brasil.
A viagem do presidente brasileito termina com uma visita à Jordânia, a 17 e 18 de março, durante a qual de encontrará com o rei Abdallah II, que visitou o Brasil em 2008, com o presidente do Senado e com o primeiro ministro.
Em todas as cidades, paralelamente à visita de Lula da Silva, haverá encontros entre empresários locais e a comitiva empresarial brasileira.
De acordo com números oficiais brasileiros, o intercâmbio comercial com Israel saltou de 440 milhões de dólares em 2002 para 1600 milhões em 2008.
Com a Jordânia, o intercâmbio comercial bilateral subiu de 28 milhões de dólares em 2002 para 318 milhões em 2008.
No ano passado, devido à crise financeira, as relações comerciais do Brasil com Israel e com a Jordânia decresceram, mas o Governo brasileiro espera que os números voltem a aumentar com a entrada em vigor no próximo mês de um acordo de comércio livre entre Israel e a Jordânia com o Mercosul, bloco integrado pelo Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai.