Líder do PS quer novo papel da CGD junto das empresas e pede seguros de crédito

O secretário-geral do PS propôs que as empresas a quem o Estado deve comprovadamente possam transferir essa dívida para a Caixa Geral de Depósitos (CGD) e uma nova solução para os seguros de crédito.


 

Estas foram duas das propostas apresentadas por António José Seguro no encerramento das Jornadas Parlamentares do PS, que serão discutidas e votadas no parlamento na próximas quinta-feira.

O secretário-geral referiu que as dívidas do Estado comprovadas e vencidas a mais de 90 dias atingem neste momento mais de três mil milhões de euros.

"Esse dinheiro faz falta a essas empresas. É dinheiro dessas empresas", salientou o líder socialista.

Segundo António José Seguro, se o Estado, por circunstâncias diversas, não conseguir pagar essas dívidas às empresas, então essas empresas, munidas do respetivo título de crédito sobre o Estado, "devem poder ir designadamente à CGD levantar esse dinheiro".

"Esse dinheiro passa a ser não uma dívida do Estado às empresas, mas uma dívida do Estado a uma instituição pública, não criando nenhumas dificuldades a quem quer preservar emprego e criar novas oportunidades de trabalho", justificou

Em outro ponto, Seguro considerou inaceitável que o Estado "cobre juros mais elevados a quem deve ao Estado e que pague juros mais baixos quando é o próprio Estado que deve a essas empresas".

"Propomos tratamento igual, porque os juros tanto servem para quando se deve como para quando há um crédito", afirmou.

Neste contexto, o secretário-geral do PS acusou ainda o Governo de continuar sem concretizar uma solução definitiva para os seguros de crédito, "deixando condicionados ou num impasse setores como o calçado, o têxtil, os moldes ou o vestuário".

"Num momento de contração da economia, exige-se um apoio às empresas internacionalizadas e exportadoras. Há muitas empresas que não o fazem porque não há seguro de crédito", acrescentou.

 

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