Açoriano Oriental
Eleições regionais
Líder da FLA não vota em protesto contra proibição de partidos regionais
O líder histórico da Frente de Libertação dos Açores (MNA/FLA), José de Almeida, disse esta quinta-feira que não vai votar nas eleições de 14 de outubro para o Parlamento açoriano, contestando os "constrangimentos" constitucionais que impedem a existência de partidos regionais.

Autor: Lusa/AO online

Numa conferência de imprensa em Ponta Delgada, José de Almeida sublinhou a sua oposição a um sistema que “contra as autonomias cercea a intervenção de partidos regionais”, mas insistiu no caráter “pessoal” da sua posição.

“Nestas circunstâncias não voto. Não me sinto representado”, declarou.

Confrontado com a hipótese dos “independentistas açorinos” votarem no Partido Democrático do Atlântico (PDA), uma organização partidária que reconheceu ter sido criada como um “espécie de braço político da FLA”, José de Almeida disse que este partido se encontra “completamento estrangulado nas suas afirmações" devido à legislação.

José de Almeida insistiu também na ideia de que a FLA pretende uma “independência negociada” e “não violenta” para os Açores, apontando Portugal e os Estados Unidos como parceiros privilegiados no processo, ao sustentar que “independência não é isolacionismo”.

Numa referência ao incremento de movimentações independentistas em Espanha, o líder histórico da FLA reconheceu que “nós gostamos quando primos de intenção se movimentam nós gostamos. Seja o movimento da Catalunha, da Galiza, do País Basco, das Baleares ou da Córsega”.

“São calor a aquecer os independentistas açorianos”, acrescentou, admitindo, porém, que “há uma diferença marcante entre esses independentismos e o independentismo” dos Açores, que “rejeita a violência como promoção” como meio de obtenção da independência.

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