A candidatura de Lagarde surge na sequência da demissão de Dominique Strauss-Kahn, detido em Nova Iorque por acusações de tentativa de violação.
"Decidi apresentar a minha candidatura à direcção do Fundo Monetário Internacional", declarou Lagarde, de 55 anos, numa conferência de imprensa em Paris.
"Tomei esta decisão depois de uma cuidadosa ponderação e de acordo com o presidente da República [Nicolas Sarkozy] e com o primeiro-ministro [François Fillon] que me apoiam", adiantou, assegurando pretender "recolher o mais amplo consenso".
No passado fim-de-semana, após a demissão de Strauss-Kahn, os europeus multiplicaram os apoios a favor da ministra francesa. Berlim, Londres e Roma apoiaram a sua candidatura antes de ela a anunciar.
Até agora, os Estados Unidos, cujo apoio é essencial, e o Japão não manifestaram o seu apoio.
Os cinco grandes Estados emergentes do grupo dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) criticaram terça-feira numa declaração comum a regra tácita segundo a qual um europeu deve dirigir o FMI e um norte-americano o Banco Mundial.
Ser europeia não deve "constituir uma desvantagem", considerou hoje Lagarde.
FMI
Lagarde é candidata à chefia do FMI
A ministra da Economia, Finanças e Indústria francesa, Christine Lagarde, declarou-se candidata à direcção do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Autor: Lusa/AO online
