Açoriano Oriental
Literatura
Kundera não vai receber Prémio Nacional de Literatura da República Checa
O romancista checo Milan Kundera, radicado desde a década de 70 em França, não irá a Praga receber o galardão do Prémio Nacional de Literatura da República Checa 2007, noticiou hoje a imprensa local.

Autor: Lusa / Ao online
    Kundera é o autor de origem checa mais conhecido naquele país do centro da Europa - e além das suas fronteiras - apesar de grande parte das suas obras não ter sido ainda editada na língua eslava.

    O escritor, nascido em Brno, mantém-se distante da sua pátria e dos meios de comunicação locais e só no ano passado autorizou que aí fosse lançada, pela primeira vez de forma oficial, a sua obra maior, “A Insustentável Leveza do Ser”.

    Esse romance, que marcou toda uma geração de leitores, circulou em checo numa edição clandestina da editora do casal Skvorecky, um par de exilados no Canadá.

    As últimas obras de Kundera, escritas em francês, ainda não foram traduzidas para checo, porque o autor quer assegurar-se da pureza da tradução.

    Por essa razão, desde 1990 - ano em que lançou o romance “A Imortalidade” - não permitiu que fossem publicadas no mercado checo “A Lentidão” (1993), “A Identidade” (1998) e “A Ignorância” (2000).

    Numa das poucas viagens que efectuou ao seu país natal, recebeu, em 2006, da Academia da Literatura Checa o Prémio Ladislav Fuks, pelo papel de destaque desempenhado no desenvolvimento das letras do país.

    O Prémio Nacional de Literatura foi recriado em 1995, por iniciativa do então ministro da Cultura e ex-dissidente Pavel Tigrid.

    É atribuído anualmente por um júri diferente, constituído por intelectuais destacados, entre os quais membros do grémio de escritores.
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