Sara Ege, de 33 anos, licenciada em matemática na Índia, tratava o filho Yaseen como "um cão", batendo-lhe com um pau quando ele não conseguia decorar os versículos do Alcorão, de acordo com o tribunal de Cardiff, no País de Gales.
A ré foi dada como culpada, no início de dezembro, por homicídio e obstrução à justiça.
O juiz Wyn Williams denunciou a "violência perpetrada sobre a criança, que não se limitou a um dia" e afirmou "estar convencido que, durante três meses, a mãe agrediu o filho em várias ocasiões".
A polícia considerou inicialmente que o rapaz tinha morrido no incêndio que deflagrou na casa da família, em julho de 2010, em Cardiff. Análises forenses mostraram que a criança tinha morrido antes de o fogo ter começado.
"Há ainda uma outra circunstância agravante. Tentou fazer desaparecer o corpo de Yaseen, queimando-o", declarou o juiz.
A mãe reconheceu inicialmente os factos antes de recuar, afirmando ter sido obrigada a confessar o crime sob pressão do marido e da família. Em seguida, atribuiu a responsabilidade da morte da criança ao marido.
Na sequência da acusação formal, a mãe foi hospitalizada durante vários meses numa unidade psiquiátrica.
