O desejo de vencer o SATA Rallye Açores foi conseguido na terceira participação consecutiva de Juho Hanninen que ainda conduziu a Skoda Motorsport ao pleno no pódio da classificação geral.
A determinação do finlandês ainda chegou a ser ameaçada pela exuberância de Andreas Mikkelsen que assumiu a liderança após a enlameada e envolta em nevoeiro classificativa dos Graminhais.
O norueguês anulou o segundo de desvantagem que trazia da segunda etapa e adoptou a postura atacante da véspera, chegando à liderança sem grandes surpresas,  já que se o segundo dia não tivesse contado com duas especiais canceladas (Feteiras 1 e Sete Cidades 2), muito naturalmente o homem da Skoda UK teria assumido o primeiro lugar mais cedo.
Tal não sucedeu na sexta-feira mas foi uma inevitabilidade no sábado de manhã. O ataque feroz continuou a prender a respiração   dos que atentamente seguiam a prova, esperando luta titânica até ao final.
A resposta do actual líder do SWRC não demorou e na Tronqueira resolveu por completo a questão do vencedor do rali, ao mesmo tempo que fez impor as suas credenciais. Para além de fazer o melhor tempo, pulverizou o recorde da classificativa, cavando de imediato um fosso de 11,2 segundos para Mikkelsen que, a partir dessa altura, começou a aceitar de que não iria além da segunda posição.
“Vim com a determinação de vencer esta prova e consegui. E neste particular tenho imenso a agradecer à equipa que me colocou nas mãos um carro que não me deu qualquer tipo de problema”, afirmou Juho Hanninen no final do rali. Ele que também não esqueceu quem lhe deu luta pela liderança no rali: “o Andreas Mikkelsen esteve muito rápido, especialmente na sexta-feira onde lutou bastante, mas, depois da Tronqueira, a vitória ficou mais fácil para mim”, reconheceu o piloto que já tem experiência de competição do WRC.
Nesta ocasião a perspectiva da Skoda fazer o pleno no pódio da classificação geral ganhou força quando se ficou a conhecer o abandono de Bruno Magalhães.
O vencedor de 2010 partiu o diferencial do Peugeot 207 S2000 nos Graminhais e a tentativa do próprio em solucionar o problema  mostrou-se infrutífera, obrigando o piloto de Lisboa a ficar cedo pelo caminho e a dar por encerrada a luta pelo último lugar do pódio.
O terceiro lugar ficou então na posse do comedido Jan Kopecký, piloto que falhou a vitória em 2010 a poucos metros do final do rali e que no shakedown do Geko Ypres Rally sofreu um acidente que o obrigou a nem alinhar à partida na prova belga.

Reportagem completa na edição impressa de domingo, dia 17 de Julho de 2011, do jornal Açoriano Oriental