Jerónimo de Sousa quer investigação a acidentes mortais no combate aos incêndios

24 de ago. de 2013, 20:47 — Lusa/AO online

À margem de uma marcha pelo emprego, promovida pela candidatura da CDU à Câmara de Gaia, Jerónimo de Sousa disse estar a acompanhar “com profunda preocupação” os incêndios que têm deflagrado por todo o país nas últimas semanas, mas destacou que em Portugal se mantém “uma política que sobrevaloriza o combate aos incêndios e menos a prevenção”. “Consideramos que a prevenção é o elemento fundamental e que o governo deveria ter aprendido esta máxima de sabedoria popular, mais vale prevenir que remediar”, assinalou o comunista. O líder do PCP lembrou que apesar da lei do reordenamento florestal ter sido aprovada, falta saber “quem fiscaliza, quem atua, quem procura concretizar a legislação”, pelo que são necessárias “medidas concretas que levem a essa prevenção”. “Vale mais gastar na prevenção do que gastar nos combates”, frisou o comunista para evitar que “os combates sejam travados nestas condições tão difíceis” Perante um mês que apelidou de “agosto negro”, com "tanta morte e ferimentos", Jerónimo de Sousa anunciou que o partido pretende apresentar na Assembleia da República uma proposta de investigação, “com efeitos pedagógicos e não criminais”, para averiguar “as razões que levaram aos acidentes com as viaturas” bem como as razões dos acidentes mortais e se “os bombeiros foram com o equipamento total” necessário. O secretário-geral do partido defendeu também que o seguro de vida dos bombeiros deveria ser “duplicado”, para dar “mais confiança a esse trabalho humanitário valoroso dos bombeiros”, e que o governo deveria “atender” a essa “necessidade”. Também à margem da ação de pré-campanha da CDU em Gaia, Jerónimo de Sousa foi questionado sobre a alegada saída de Carvalho da Silva do PCP (hoje noticiada pelo jornal I) ao que respondeu que “qualquer pedido de esclarecimento deve ser dirigido à pessoa envolvida, ou seja, a Carvalho da Silva”. “Não temos nada a acrescentar. Respeitando a pessoa, a pergunta deve ser pessoal”, afirmou.