Japão vai voltar a ter todas as centrais nucleares paradas em setembro

13 de ago. de 2013, 10:30 — Lusa/AO online

Esta será a segunda vez que o Japão ficará sujeito a um apagão nuclear desde o acidente na central de Fukushima, em março de 2011, que forçou as autoridades locais a reverem as medidas de segurança das centrais nucleares do país. Em 2012, pela primeira vez em mais de 40 anos, o Japão ficou com os seus 54 reatores parados, entre 05 de maio e 01 de julho, quando dois reatores da central Oi, na província de Fukui retomaram as suas operações para evitar apagões na região de Kansai, a segunda mais populosa do país. Desde então, os reatores 3 e 4 dessa central são os únicos em funcionamento no Japão. A Kansai Electric Power, que gere a central Oi, pediu à Autoridade de Regulação Nuclear para realizar inspeções rotineiras aos dois reatores, no reator 3 a partir de 02 de setembro e no reator 4 a partir do dia 15 do mesmo mês, disse uma fonte do Governo citada pela Kyodo. A lei japonesa estabelece que todos os reatores nucleares devem ser alvo de uma inspeção de segurança a cada 13 meses e que as elétricas devem solicitar a mesma com, pelo menos, um mês de antecedência. Estas inspeções deverão demorar entre dois e três meses. Antes do acidente nuclear de Fukushima, o pior desde Chernobil, em 1986, a energia nuclear fornecia cerca de um terço de toda a eletricidade consumida no Japão. Para compensar a paragem dos reatores, as elétricas japonesas aumentaram desde 2011 as operações das suas centrais termoelétricas, tendo, por isso, aumentado consideravelmente o consumo de recursos fósseis.