O palco do Centro Cultural e de Congressos de Angra do Heroísmo vai receber seis concertos em três dias, num modelo que Miguel Cunha, presidente da Associação Cultural Angrajazz, considerou ser adequado ao público e à realidade terceirense, além de ser apelativo para os visitantes.

"Menos de seis concertos começa a não ter impacto para quem nos visita e estimamos que cerca de 15 por cento dos espetadores sejam de fora da ilha", afirmou Miguel Cunha, na conferência de imprensa de apresentação do cartaz do 14.º Angrajazz.

O festival arranca a 4 de outubro com a Orquestra Angrajazz, composta por jovens músicos da ilha Terceira, seguindo-se a atuação do quinteto do trompetista polaco Tomasz Stanko.

No dia seguinte, sobe ao palco o quinteto do saxofonista português Rui Teixeira, seguido do quinteto do bateriste norte-americano Jack DeJohnette, nomeado pela revista DownBeat como o melhor baterista do mundo este ano.

O Angrajazz termina a 6 de outubro com um concerto de Jason Moran and the Bandwagon, que, em 2010, foi eleito o melhor grupo de jazz do ano, enquanto Jason Moran se destacou como melhor pianista e o álbum do trio foi distinguido como melhor de jazz naquele ano.

A Oquestra de Jazz de Matosinhos encerra o programa, numa atuação em que estará acompanhada pelo saxofonista norte-americano Chris Cheek.

O Angrajazz está orçado este ano em 88 mil euros, o que corresponde a um corte de cerca de 10 por cento em relação ao ano passado, contando com uma comparticipação de 20 mil euros da Câmara de Angra do Heroísmo, além de apoios do Governo Regional e de patrocínios privados.

Para Miguel Cunha, apesar dos cortes no orçamento, o festival "mantém a qualidade", salientando que a oferta do cartaz deste ano é "diversificada".

Os ingressos mantêm os preços do ano passado, variando entre 12 e os 18 euros por dia e entre 25 e 45 euros para os três dias, havendo ainda descontos para jovens e idosos.