O português Hélder Bataglia reconhece que existem hoje muitos constrangimentos em Portugal ao nível da burocracia, fiscalidade e justiça, mas acredita que “Portugal vai dar a volta a esta situação” e “criar condições favoráveis ao investimento estrangeiro”.
O CEO do grupo ESCOM, um dos maiores investidores privados a operar em Angola, e recentemente adquirido pela Sonangol ao grupo Espírito Santo, defende ainda que “a cooperação bilateral integrada no contexto mais vasto da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa é crucial”.
Afinal, acrescenta, “uma África forte também é algo de positivo para a Europa”.
Hélder Bataglia sublinha que o investimento que está a ser realizado no setor financeiro, imobiliário e agrícola por empresas angolanas em solo luso “é muito importante” e que “o facto de a Sonangol estar a apostar em áreas estratégicas nacionais “é também uma grande contribuição para acreditar no país”.
O empresário falava à margem da inauguração das obras de remodelação de um lar em Vieira de Leiria, freguesia do concelho da Marinha Grande. Através da Fundação ESCOM, Hélder Bataglia garantiu os 400 mil euros necessários para a concretização do projeto da instituição particular de solidariedade social ligada à igreja católica que se dedica ao apoio aos mais idosos.
A ESCOM, uma empresa inicialmente vocacionada para os mercados emergentes em países africanos e do Leste europeu, tornou-se um dos maiores investidores de Portugal em Angola.
Portugal distinguiu Hélder Bataglia em junho de 2007 com a Ordem do Infante D. Henrique, atribuindo-lhe o grau de Comendador, e o Presidente da República do Congo, também nesse ano, concedeu-lhe a Ordem de Mérito daquele país.
