Açoriano Oriental
Investigadores do IPMA em greve a partir de 2 de maio

Os investigadores do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) anunciaram esta terça-feira uma nova greve a partir do dia 2 de maio, face à ausência de respostas por parte do Governo.

Investigadores do IPMA em greve a partir de 2 de maio

Autor: Lusa/AO online

“O Governo continua sem dar resposta às exigências dos trabalhadores de investigação/monitorização dos recursos marinhos do Instituto Português do Mar e da Atmosfera, de reposição do suplemento de embarque e mergulho, que lhes foi retirado em 2012, apesar de ter sido posto em causa o cruzeiro de investigação, relativo à avaliação do ‘stock’ da sardinha, devido à greve levada a cabo entre o dia 09 e o dia 24 de abril”, disse, em comunicado, Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (FNSTFPS).

Face a este cenário, os trabalhadores de investigação do IPMA decidiram avançar com uma nova greve a partir de 02 de maio.

De acordo com o sindicato, os restantes trabalhadores agendaram também uma paralisação “em solidariedade” para 04 de maio.

“O respeito pelas regras do défice parece ter-se sobreposto ao interesse nacional de dinamização do setor da pesca da sardinha e, deste modo, o alargamento da percentagem da remuneração correspondente a horas extraordinárias a receber pelos trabalhadores não se pode concretizar, apesar de estarmos a falar de um processo que abrange, no máximo, 12 trabalhadores”, acrescentou o FNSTFPS.

Em 19 de abril, a federação sindical da administração pública reuniu-se com o Governo, no entanto, não houve acordo entre as duas partes.

“Estávamos na expectativa de que o secretário de Estado [José Apolinário] iria trazer alguma solução ou uma proposta, no sentido de resolver o problema, e não trouxe absolutamente nada”, disse, na altura, à Lusa um dos membros da direção da Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais, Orlando Gonçalves.

De acordo com o sindicalista, durante a reunião, o Governo avançou que, se o cruzeiro científico não se realizar, Portugal e Espanha podem perder mais de sete mil toneladas de quota de sardinha.

Já na passada sexta-feira, a federação sindical havia garantido à Lusa que o Governo comprometeu-se a apresentar uma proposta aos investigadores do IPMA até esta segunda-feira. No entanto, tal não se veio a verificar.

Também na sexta-feira, em resposta à Lusa, o Ministério do Mar garantiu estar a acompanhar a situação dos investigadores do IPMA.

“O assunto está a ser acompanhado pela área do Mar e do Emprego e da Administração Pública”, disse o ministério liderado por Ana Paula Vitorino.


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