Autor: Lusa / AO online
José Penedos falava em Madrid numa conferência sobre o Mercado Ibérico de Electricidade (MIBEL), durante a qual antecipou as melhorias previstas para as ligações eléctricas transfronteiriças, que actualmente têm uma capacidade de cerca de 1.600 MW.
Segundo explicou, o reforço na capacidade ocorrerá, em grande parte, pela criação de duas novas interconexões - na linha Minho-Galiza, e na Algarve-Andaluzia -, bem como pelo reforço internos das redes actualmente existentes.
"Penso que se atingirá essa capacidade de 3.000 MW e que isso será suficiente para não ser necessário o market spliting, que é hoje uma necessidade por questões técnicas de interconexão", afirmou.
"Na minha opinião vamos a tender para um preço ibérico de electricidade e a tender para pouca ou nenhuma congestão depois de 2010", afirmou.
Notou, por exemplo, que um estudo recente dava conta de congestionamento que variava entre os 09 por cento, nas ligações do Douro, e os 34 por cento nas ligações do Tejo, o que deve reduzir-se "significativamente" com um reforços das interconexões.
Ao mesmo tempo recordou que a capacidade das ligações entre Portugal e Espanha "representará em 2010 um dos valores mais elevados a nível europeu", sendo cinco ou seis vezes maior que a capacidade de interconexão na fronteira espanhola com França.
Do lado português, e "apesar das dificuldades", que atribui nomeadamente a debates sobre impactos ambientais, o responsável da REN garantiu que continuarão a ser conduzidas obras de reforço das linhas.
"Em Portugal nos últimos 5 anos fizemos umas centenas de quilómetros de linhas aéreas, de 400kv e de 200 kv e, apesar das dificuldades, estamos a conseguir ultrapassá-los", disse.
Em particular referiu-se a questões ambientais levantadas em torno à construção de linhas de alta tensão, e mais recentemente a preocupações sobre os campos electromagnéticos, referindo "não estar claro se enterrar os cabos tem menos impacto que os manter aéreos".
"Os operadores do sistema querem criar um desenvolvimento sustentável e para isso temos que ter as linhas de transporte. O que os cidadãos não nos perdoam é que tenhamos falhos de energia", afirmou.
Por isso, sustentou, e para que a integração energética avance, é essencial que as administrações públicas "sejam eficazes nos trâmites de análise ambiental e administrativa".
José Penedos referiu-se ainda à consolidação pactuada entre os operadores de sistema ibérico, com o cruzamento de participações entre a REN e a Rede Eléctrica de Espanha (REE), e o futuro acordo idêntico entre a REN e a Enagás.
"É um sinal positivo para as empresas do mesmo tipo na UE. Não há nenhuma outra empresa de rede nos países membros da UE que tenha dado este passo. É um novo conceito que ajudará a criar uma rede europeia de energia", afirmou.
"Se não houver cooperação e confiança mútua dos operadores de transporte, não haverá mercado", afirmou.
Opinião partilhada por Alberto Carbajo Josa director-geral de Operações da Rede Eléctrica de Espanha (RE) que considerou que o acordo entre a REN e a REE "é uma boa medida a exportar ao resto dos operadores de sistema da UE".
Segundo explicou, o reforço na capacidade ocorrerá, em grande parte, pela criação de duas novas interconexões - na linha Minho-Galiza, e na Algarve-Andaluzia -, bem como pelo reforço internos das redes actualmente existentes.
"Penso que se atingirá essa capacidade de 3.000 MW e que isso será suficiente para não ser necessário o market spliting, que é hoje uma necessidade por questões técnicas de interconexão", afirmou.
"Na minha opinião vamos a tender para um preço ibérico de electricidade e a tender para pouca ou nenhuma congestão depois de 2010", afirmou.
Notou, por exemplo, que um estudo recente dava conta de congestionamento que variava entre os 09 por cento, nas ligações do Douro, e os 34 por cento nas ligações do Tejo, o que deve reduzir-se "significativamente" com um reforços das interconexões.
Ao mesmo tempo recordou que a capacidade das ligações entre Portugal e Espanha "representará em 2010 um dos valores mais elevados a nível europeu", sendo cinco ou seis vezes maior que a capacidade de interconexão na fronteira espanhola com França.
Do lado português, e "apesar das dificuldades", que atribui nomeadamente a debates sobre impactos ambientais, o responsável da REN garantiu que continuarão a ser conduzidas obras de reforço das linhas.
"Em Portugal nos últimos 5 anos fizemos umas centenas de quilómetros de linhas aéreas, de 400kv e de 200 kv e, apesar das dificuldades, estamos a conseguir ultrapassá-los", disse.
Em particular referiu-se a questões ambientais levantadas em torno à construção de linhas de alta tensão, e mais recentemente a preocupações sobre os campos electromagnéticos, referindo "não estar claro se enterrar os cabos tem menos impacto que os manter aéreos".
"Os operadores do sistema querem criar um desenvolvimento sustentável e para isso temos que ter as linhas de transporte. O que os cidadãos não nos perdoam é que tenhamos falhos de energia", afirmou.
Por isso, sustentou, e para que a integração energética avance, é essencial que as administrações públicas "sejam eficazes nos trâmites de análise ambiental e administrativa".
José Penedos referiu-se ainda à consolidação pactuada entre os operadores de sistema ibérico, com o cruzamento de participações entre a REN e a Rede Eléctrica de Espanha (REE), e o futuro acordo idêntico entre a REN e a Enagás.
"É um sinal positivo para as empresas do mesmo tipo na UE. Não há nenhuma outra empresa de rede nos países membros da UE que tenha dado este passo. É um novo conceito que ajudará a criar uma rede europeia de energia", afirmou.
"Se não houver cooperação e confiança mútua dos operadores de transporte, não haverá mercado", afirmou.
Opinião partilhada por Alberto Carbajo Josa director-geral de Operações da Rede Eléctrica de Espanha (RE) que considerou que o acordo entre a REN e a REE "é uma boa medida a exportar ao resto dos operadores de sistema da UE".