Inspetores da ONU chegaram ao local de presumível ataque com armas químicas

Um ativista disse à agência noticiosa francesa AFP que a missão de inspetores da ONU já se encontra no local do presumível ataque com armas químicas, nos arredores de Damasco.


De acordo com Abu Nadim e vídeos divulgados 'online', os inspetores da ONU estão a encontrar-se com médicos e sobreviventes.

"Os inspetores conseguiram entrar na localidade de Moadamiyet al-Sham, com civis, e visitar o centro do Crescente Vermelho, onde encontraram pessoal médico", afirmou Abu Nadim à AFP via Skype.

"Falaram também com pessoas que apresentavam sintomas de (terem sido atingidas por) armas químicas e com familiares de mártires", acrescentou Abu Nadim, um militante da zona de Damasco, fazendo referência ao alegado ataque com armas químicas, ocorrido há quatro dias na região.

Nos vídeos difundidos na Internet, os inspetores parecem estar num hospital de campanha, com capacetes azuis, e a falar em inglês. Numa outra sala, um médico traduz as declarações de um homem, enquanto um dos elementos da missão toma notas.

Em declarações à agência noticiosa espanhola EFE, o porta-voz do centro de imprensa de Moadamiyet al-Sham, Wasim al-Ahmed, que acompanha a missão de investigadores, explicou que os investigadores tiveram acesso a alguns dos locais e edifícios bombardeados.

Al-Ahmed referiu que os peritos recolheram amostras de sangue e de cabelo.

A missão conseguiu chegar ao local, apesar de ser sido alvo de atiradores emboscados não identificados, de acordo com a ONU.

O regime de Bashar al-Assad atribuiu os tiros aos rebeldes.

No domingo, quatro dias após o presumível ataque, o regime sírio autorizou a realização da missão de peritos da ONU a Moadamiyat al-Sham para investigar o alegado uso de armas químicas.

Esta autorização surgiu devido à pressão de vários países ocidentais, que estudam opções militares em resposta a este ataque.

À missão da ONU cabe determinar se foram usadas armas químicas no ataque à localidade, mas não sobre os autores.

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