Açoriano Oriental
Iniciativa Vamos à luta apresentada hoje
 Um grupo de pessoas da sociedade civil vai apresentar hoje uma “iniciativa de cidadania” para debater “na rua” os problemas do país. Não é um partido político – nem pretende ser – mas quer “um compromisso social” para mudar

Autor: Lusa/AO On line
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A iniciativa Vamos à Luta!, que será hoje apresentada na Casa do Alentejo, em Lisboa, junta pessoas com intervenção na sociedade civil em várias áreas sociais e pretende fazer da rua “um espaço de debate político de ideias de alternativa”.

Ulisses Garrido, da comissão executiva da CGTP e um dos primeiros subscritores do manifesto, explicou à Lusa que esta é uma “iniciativa da cidadania”, promovida por “um conjunto de gente muito diversa do ponto de vista das ideias, das idades, da política, das organizações”, mas com um ponto comum: “um certo ativismo social".

No manifesto do Vamos à Luta!, os promotores da iniciativa criticam os números do desemprego, os banqueiros e especuladores e a “gigantesca transferência de riqueza dos mais pobres para os mais ricos”, entre outros assuntos.

“Acabámos por dizer que é preciso fazer qualquer coisa, não estamos de acordo com o imobilismo, com o deixar estar, com toda a gente a criticar as coisas e a não apresentar alternativas, não ser ativo, não fazer esclarecimento”, afirmou Ulisses Garrido.

“Daí surgiu a possibilidade de fazermos não apenas um manifesto mas uma iniciativa que trouxesse para a rua o debate de ideias, a apresentação e a busca de alternativas. Todos nós aceitamos, de uma maneira muito crítica, a situação atual e a crise para que fomos levados e todos nós pensamos que há muita gente que está empenhada em fazer uma ação que leve a uma consciência social diferente”, justifica ainda.

A iniciativa Vamos à Luta! pretende, “durante quatro semanas”, “em espaços públicos no centro de Lisboa”, “apresentar e debater ideias e favorecer uma atitude de compromisso social”. Ulisses Garrido afirmou que um dos objetivos é, posteriormente, estender estes espaços abertos de debate a outras cidades do país.

“Não queremos criar nada de novo, não queremos fazer nenhuma associação, organização ou partido político. Queremos que as pessoas militem onde entenderem, mas que se juntem em torno de valores e de ideias alternativas”, garantiu ainda Ulisses Garrido.

O nome – Vamos à Luta! – não tem “aquele sentido tradicional”, pretende antes “engrossar um caudal de vontade de mudança social e política”, explicou.

Além de Ulisses Garrido, entre os primeiros subscritores do manifesto estão também António Avelãs, presidente do Sindicato dos Professores da Grande Lisboa, José Rodrigues, presidente da Liga Operária Católica, Timóteo Macedo, da associação Solidariedade Imigrante, Mamadou Ba, do SOS Racismo, Cristina Andrade, do Fartos/as d'Estes Recibos Verdes (FERVE), e António Serzedelo, da Associação Opus Gay, entre outros

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