Açoriano Oriental
Infraestruturas e formação de ativos são prioridades dos empresários dos Açores

As infraestruturas turísticas e a formação de ativos são as prioridades que a Câmara de Comércio e Indústria dos Açores (CCIA) apresentou ao Governo Regional no âmbito da preparação das propostas do Plano e Orçamento para 2018.

Infraestruturas e formação de ativos são prioridades dos empresários dos Açores

Autor: Lusa/AO online

“A nossa prioridade das prioridades maiores foi no sentido de haver dotações adequadas para as intervenções na área do turismo”, afirmou Mário Fortuna, presidente da Câmara de Comércio e Indústria de Ponta Delgada, referindo que estas são a dois níveis, infraestruturas e formação de ativos.

O responsável falava aos jornalistas no final de uma audição com o presidente do Governo dos Açores, o socialista Vasco Cordeiro, em Ponta Delgada, ilha de São Miguel, no âmbito das reuniões com os parceiros sociais e os partidos de preparação das propostas de Plano e Orçamento para 2018.

Segundo Mário Fortuna, “tem sido amplamente debatido o problema dos miradouros, de zonas balneares e de pontos de excelência de visita dos turistas”, reconhecendo haver “uma pressão muito grande sobre estas áreas e era importantíssimo que rapidamente houvesse intervenções no sentido, não de as bloquear, mas de as adequar a esta procura adicional que é bem-vinda, é positiva para a economia dos Açores”.

O dirigente destacou, ainda, a necessidade da “requalificação dos recursos humanos”, considerando “fundamental que sejam ativadas as linhas de apoio, que têm sido muito exíguas, à formação de ativos”, dado que se “tem notado uma procura enorme na área do turismo e uma deficiência grande na oferta de pessoas qualificadas”.

“A nossa estimativa rápida foi de que dez milhões de euros seria um valor adequado para fazer tudo aquilo que é preciso fazer em todas as ilhas quer na área da formação quer na área das infraestruturas”, acrescentou.

Sobre a reabilitação urbana, Mário Fortuna referiu que para a CCIA era importante que “o alojamento local voltasse a entrar nas linhas de apoio ao turismo”, para ajudar a requalificação urbana e reconverter o edificado.

Neste âmbito, defendeu que esta requalificação deve contemplar duas áreas, “melhoria da capacidade dos edifícios para resistir às catástrofes naturais e a qualidade”, preconizando a extensão da marca Açores ao alojamento.

A situação da transportadora aérea açoriana SATA e os transportes marítimos foram outros dos assuntos abordados na audiência, adiantou Mário Fortuna, apontando ainda a questão “de haver mais recursos para as atividades competitivas, sustentáveis, reprodutivas no setor privado, para promover maior criação de empregos não dependentes diretamente do Orçamento público”.

A CCIA representa cerca de 2.200 empresários.

Na reunião, estiveram com Mário Fortuna os presidentes das câmaras de comércio e industria de Angra do Heroísmo, Sandro Paim, e da Horta, Carlos Morais, este demissionário.

O presidente do Governo Regional fez-se acompanhar do vice-presidente, Sérgio Ávila, que tem as pastas do Emprego e Competitividade Empresarial e, entre as competências, as Finanças e Orçamento.

O Orçamento dos Açores para o ano em curso é de 1.214 milhões de euros e foi aprovado em março com os votos favoráveis do PS, partido maioritário no parlamento regional, e a abstenção do CDS-PP.

PSD, BE, PCP e PPM votaram contra.

PS e CDS votaram favoravelmente o Plano de Investimentos para 2017.


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