Igreja pode transformar-se em "organização patética" sem renovação espiritual

14 de mar. de 2013, 18:16 — Lusa/AO Online

“Se não nos reconhecermos em Cristo, o que seremos? Acabaremos como uma organização não-governamental patética", afirmou o cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio, que adotou o nome Francisco, perante os cardeais que o elegeram na quarta-feira. E, nesse caso, “seria como quando as crianças fazem castelos de areia e depois estes se desmoronam”, avisou. O papa Francisco e os cardeais que o elegeram celebraram hoje missa juntos na Capela Sistina. A leitura escolhida do Novo Testamento foi retirada do Livro de Mateus, em que Cristo diz a Pedro: “sob esta pedra construirei a minha igreja”. O jesuíta Jorge Mario Bergoglio, 76 anos, foi eleito papa na quarta-feira pelos 115 cardeais reunidos em Roma, assumindo o nome de Francisco. Primeiro papa oriundo da América Latina, Francisco sucede a Bento XVI e é o 266.º chefe supremo da Igreja Católica. Na sexta-feira, o papa vai saudar todos os cardeais e no sábado fará o mesmo com a imprensa que acompanhou o conclave. No domingo, recitará o primeiro Angelus, mas a missa de início do pontificado está marcada para terça-feira, dia de São José, patrono da Igreja, às 09:30 (hora de Lisboa).