"Considero que o projeto que tinha delineado para a instituição [IMAR] foi concretizado, julgo que bem concretizado, e, portanto, a situação é estável e considero que o meu mandato está terminado", explicou Helder Silva, em declarações à Lusa.

Apesar das recentes polémicas que davam conta do possível encerramento do IMAR, Helder Silva afirmou que os cerca de 70 investigadores que prestam serviço na instituição estão numa situação "estável", embora continuem a desempenhar funções em situação precária (contratos de três a quatro anos).

Quanto ao cargo de diretor do DOP, que assumia em simultâneo, Helder Silva disse que o abandona apenas por entender que é necessário "novo rumo" e "novo sangue".

"Não saio por qualquer situação que não seja esta: vontade de sair, vontade de dar lugar a outros, o achar que já estive tempo suficiente à frente desta subunidade orgânica da universidade, deixar que a instituição siga o seu caminho, eventualmente com novos rumos, com novas visões, com novo sangue", justificou.

Helder Silva, que já assumiu anteriormente cargos de nomeação política no Governo Regional e foi também deputado à Assembleia Regional, quer agora dedicar-se apenas à investigação científica.

"Não lhe vou dizer que se houver algum desafio que eu ache interessante, como sempre fiz na minha vida, não possa pegar nele, mas não tenho absolutamente nada em vista neste momento para o meu futuro profissional que não seja fazer investigação", assegurou.

A Universidade dos Açores terá agora de escolher um novo diretor para o DOP, departamento ligado às ciências do mar, ao passo que o IMAR deverá iniciar na próxima assembleia geral o processo de eleição de um novo presidente.