Açoriano Oriental
Guia de parapente dos Açores traça roteiro de modalidade em crescimento

Um guia bilingue sobre a prática de parapente nos Açores abrange este ano, pela primeira vez, todas as nove ilhas açorianas e associa o turismo a uma modalidade em crescimento no arquipélago.

Guia de parapente dos Açores traça roteiro de modalidade em crescimento

Autor: Lusa/Ao online

“O Guia de Parapente dos Açores nasceu também pela necessidade de informar e disciplinar. Tem uma particularidade de criar um misto entre a informação técnica necessária para os pilotos que nos visitam em termos de 'spots' de voo, locais de voo, onde é que se voa, quais são as altitudes, quais os constrangimentos, mas tem também associada uma componente turística”, disse à Lusa Paulo Luís Rego Farias, autor da publicação promovida pela Associação de Turismo dos Açores (ATA).

Nos Açores existem três associações de parapente, o Clube Asas de São Miguel, o Aeroclube do Pico e, na Terceira, os Montanheiros.

De acordo com Paulo Luís Farias, com a chegada das viagens de baixo custo aos Açores “há uma grande afluência de pilotos de todo o mundo, dai haver cada vez mais a necessidade de disciplinar a prática da modalidade”.

“As pessoas que visitam o arquipélago não conhecem os locais onde praticar a modalidade, porque há uma série de regras a cumprir neste desporto”, explicou o instrutor de parapente e praticante da modalidade desde 1992, assinalando que se nota ainda "um crescente interesse também dos residentes" nas ilhas pela prática deste tipo de desporto, sobretudo durante o festival de parapente que o Clube Asas de São Miguel promove e que decorreu nesta semana naquela ilha.

Paulo Luís Rego Farias, sócio do Clube Assas de São Miguel, acrescentou que, durante o festival de parapente, "há uma grande afluência de locais para realizarem batismos de voo e muita curiosidade em aprenderem a voar".

O parapente é uma modalidade que requer a frequência de um curso para a obtenção de licença de voo, num desporto que “implica uma grande envolvência técnica”.

“Os terrenos podem estar cultivados ou são zonas de pastos. É preciso ainda cuidado no voo nas praias durante a época balnear”, sublinhou, destacando a importância do guia lançado na sexta-feira, já que contém “uma série de informação útil para quem já é piloto sendo basicamente um menu” para a prática do parapente.

O guia de parapente dos Açores tem cerca de 90 páginas, numa edição bilingue (inglês e português) com textos e fotos de cada ‘spot’ de voo.

“Tem toda a informação necessária, com cuidados a terem quando entram nestes sítios de voo, porque são muitas vezes locais privados”, salientou o autor técnico, referindo que este formato de guia "é pioneiro, porque outras publicações do género são puramente técnicas".

Mas este, lançado nos Açores, "inclui a componente turística, indicando locais a visitar, sítios onde é possível realizar mergulho ou passeios pedestres nas zonas onde é possível praticar a modalidade", adiantou.

Paulo Luís Farias explicou ainda que se trata da quarta reedição do guia, que este ano tem a novidade de focar os locais de voo em todas as nove ilhas do arquipélago e com alternativas turísticas caso o piloto não possa voar por algum motivo, "num misto entre técnica e promoção turística".


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