Açoriano Oriental
Grécia aprova pacote de reformas em troca de nova parcela do resgate financeiro

O parlamento grego aprovou hoje um novo pacote de reformas que o Governo acordou com as entidades credoras, em troca da nova parcela do resgate financeiro de cerca de 6,5 mil milhões de euros.

Grécia aprova pacote de reformas em troca de nova parcela do resgate financeiro

Autor: Lusa/AO online

A lei, com cerca de 400 artigos e mais de 1.500 páginas, foi aprovada com os votos a favor da coligação governamental, enquanto os partidos da oposição votaram contra.

O primeiro-ministro da Grécia, Alexis Tsipras, centrou sua intervenção na necessidade de se olhar para o período de pós-resgate e na "recuperação das feridas da crise na sociedade".

Entre as medidas que geraram maioria oposição inclui-se o endurecimento das condições para a convocação de greves a nível local, a criação de um sistema eletrónico para as execuções hipotecárias, e uma reforma nos subsídios familiares.

Com a aprovação das novas leis, as assembleias que antecedam a convocação de uma greve deverão garantir nas representações sindicais locais uma participação mínima de 50% dos filiados (até agora era de 20%).

Tsipras referiu que “é mentira” que este facto pretenda abolir o direito à greve, denunciado pelos sindicatos.

A oposição também criticou a introdução de um sistema eletrónico para execução de hipotecas, uma medida que, na sua opinião, não protege suficientemente a primeira casa.

Outro dos pilares deste pacote de reformas é o aumento das ajudas económicas por filho. Até agora, os subsídios só eram concedidos a famílias com mais de três filhos, independentemente da sua renda.

A nova lei estabelece o apoio logo a partir do primeiro filho, mas dependente da renda.

Enquanto o pacote de reformas estava a ser discutido, milhares de pessoas protestaram junto ao parlamento, numa ação convocada pelos sindicatos em que se registaram alguns confrontos isolados entre grupos de manifestantes e a polícia.

No dia de hoje foram também efetuadas várias greves contra o último grande pacote de medidas de austeridade antes de o país sair do resgate económico.

As greves, acompanhadas por manifestações, contestam o pacote de reformas acordadas entre o Governo de coligação liderado pelo partido de esquerda Syriza do primeiro-ministro, Alexis Tsipras, com os credores internacionais, e de cuja aprovação depende a próxima parcela do resgate.


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