Açoriano Oriental
Graça Machel dedica "Honoris Causa" às crianças que não conhecem a paz
Graça Machel dedicou esta sexta-feira às mulheres do seu país (Moçambique) e às “crianças que não conhecem a paz” o doutoramento “Honoris Causa” que recebeu da secular Universidade de Évora.

Autor: Lusa/AOonline
Após um discurso de cerca de 20 minutos, na sala dos actos da academia alentejana, depois de receber o grau honorífico, Graça Machel chamou à atenção para as “responsabilidades” de todos, como pessoas adultas, para com “os mais vulneráveis, sobretudo crianças que não conhecem a paz”.

    “Eu não vejo isto (distinção) como um reconhecimento pessoal”, disse aos jornalistas a actual mulher de Nelson Mandela, prémio Nobel da Paz e ex-presidente da África do Sul, que aceitou com “orgulho e humildade” o doutoramento.

    Esta homenagem, prosseguiu, “é-me prestada pela modesta contribuição que tenho vindo a dar ao longo da minha vida adulta quer no domínio da educação, quer da promoção dos direitos das mulheres e das crianças”.

    Graça Machel, que preside à Fundação para o Desenvolvimento da Comunidade, disse representar “a cara e a voz” de mulheres e das crianças órfãs, refugiadas e que não conhecem a paz.

    “Mulher moçambicana e africana”, Graça Machel, destacada activista social a favor dos direitos das mulheres e crianças, recebeu hoje o grau de “Doutor Honoris Causa” pela Universidade de Évora, depois de um longo discurso laudatório a cargo de Hélder Fonseca, docente do departamento de História.

    A atribuição do grau honorífico a Graça Machel, a mais alta distinção da Universidade de Évora, foi aprovada por unanimidade pelo Senado universitário.

    O Senado aprovou o doutoramento da também viúva do falecido presidente moçambicano Samora Machel, segundo a academia, pelo “seu papel social a favor da ampliação e generalização dos direitos humanos, em especial das mulheres e crianças, e da criação de uma sociedade civil internacional”.

    Graça Machel juntou-se a uma “galeria” de personalidades já agraciadas pela Universidade de Évora, que inclui nomes como José Saramago, Sebastião Salgado, Ximenes Belo, Mário Soares, a rainha Sofia de Espanha, Cláudio Torres, Rómulo de Carvalho, o músico catalão Jordi Saval e o jornalista e escritor libanês Amin Maalouf.
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