Açoriano Oriental
Governos da Madeira e Açores agendam cimeira para reatar diálogo e "falar a uma só voz"
Os governos da Madeira e dos Açores vão realizar uma cimeira "histórica" entre os dias 30 de janeiro e 02 de fevereiro para "reatar o diálogo", visando "falar a uma só voz" junto da União Europeia e da República.

Autor: Lusa/AO Online

“Os nossos dois arquipélagos têm andado de costas voltadas um para o outro e o Governo [da Madeira] entende que é fundamental reatar a cooperação, não só política, mas também económica com o arquipélago irmão dos Açores”, afirmou o secretário Regional dos Assuntos Parlamentares e Europeus madeirense ao anunciar o encontro entre representantes dos executivos das duas regiões autónomas.

Sérgio Marques falava aos jornalistas após a realização da reunião semanal do conselho do Governo Regional da Madeira, do qual não foram divulgadas outras conclusões.

O governante insular adiantou que as presidências dos executivos das duas regiões autónomas “decidiram marcar esta cimeira com o objetivo de “reatar o diálogo, a cooperação politica e também económica, que terá de ser aprofundada”.

Sérgio Marques sublinhou que o Governo Regional da Madeira considera que os dois arquipélagos “constituem ativos nacionais importantíssimos”, que “conferem profundidade atlântica e estratégica ao país”.

“Os dois arquipélagos têm de se aproximar, cooperar, voltar a dar as mãos porque ambos podem ganhar de novo com esse estreitamento e reaproximação”, sublinhou o responsável.

O secretário do executivo madeirense acrescentou que a Madeira e os Açores “são duas regiões insulares, ultraperiféricas, atlânticas” que têm muito em comum.

“A cimeira será histórica porque a última ocorreu há muitos anos”, justificou.

Sérgio Marques realçou que as duas regiões “têm muito a ganhar se cooperarem em vários campos, nomeadamente no europeu”, apontando o facto de serem ultraperiféricas e partilharem o mesmo espaço no contexto da União Europeia.

“Daí que o estreitamento de posições, o reforço da cooperação e diálogo político pode trazer vantagens no quadro com a UE, mas obviamente no quadro da relação com o país e Pátria comum”, sustentou.

No entender do governante, se as duas regiões puderem “falar a uma só voz no maior número de áreas possível, vão falar com uma força diferente, reforçada”, podendo assim “fazer valer melhor os seus se puderem atuar concertadamente junto da República”.

O secretário regional referiu que a representação do executivo madeirense será composta pelo presidente do governo, Miguel Albuquerque, e dos secretários regionais dos Assuntos Parlamentares e Europeus, do Ambiente e Recursos Naturais (Susana Prada) e da Economia, Turismo e Cultura (Eduardo Jesus), estando o programa da visita a quatro ilhas (S. Miguel, Faial, Pico e Terceira).

As ligações marítimas, transportes, ensino superior, saúde, as questões europeias, economia, turismo são alguns dos pontos que apontou constarem da agenda e que serão objeto de protocolos setoriais a celebra no decurso da cimeira que estão a ser preparados.

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