Açoriano Oriental
Governo Regional propõe ajustes ao POSEI para melhor servir a agricultura nos Açores

O Secretário Regional da Agricultura e Florestas anunciou esta quarta-feira que foram propostos à Comissão Europeia ajustes ao programa POSEI 2019, nomeadamente com a criação de uma ajuda ao transporte entre as ilhas para jovens bovinos, para incentivar o abate na Região dos animais que ainda são exportados vivos a partir das ilhas de Santa Maria, Graciosa, Flores e Corvo.

Governo Regional propõe ajustes ao POSEI para melhor servir a agricultura nos Açores

Autor: Susete Rodrigues/AO Online

“Está em causa um apoio para os animais que têm origem nas ilhas de Santa Maria, Graciosa, Flores e Corvo e que se destinem às ilhas de São Miguel e Terceira", afirmou João Ponte, citado numa nota do Gacs, acrescentando que, "para os agricultores beneficiarem desse apoio terão que, obrigatoriamente, abater os animais nos Açores, e os animais sujeitos a esta ajuda estão excluídos do suplemento do prémio ao abate”.

João Ponte, que falava, em Vila do Porto, no final da visita a uma empresa de produção e comércio de carne de bovinos e suínos, salientou que este novo apoio visa tornar mais atrativo abater animais na Região em vez de os exportar com vida para fora dos Açores, criando assim mais valias para os agricultores, para esta fileira e, desta forma, dando também resposta aos anseios das associações agrícolas.


O Secretário Regional avançou ainda que esta ajuda será de 40 euros por cabeças expedida, sendo atribuído um apoio suplementar de 130 euros aos bovinos machos expedidos com idade igual ou superior a sete meses e inferior ou igual a 18 meses de idade.


Relativamente ao pagamento do prémio ao abate, que desde 2018 está dividido em dois períodos (outubro de 2018 e abril de 2019), o governante disse que se pretende manter no POSEI para 2019, por ser uma medida que permite aos agricultores receberem as ajudas mais cedo.


Quanto ao período de retenção dos animais nas explorações, João Ponte indicou que no POSEI 2019 pretende-se antecipar em um mês, para que os produtores tenham maior liberdade para gerir os seus efetivos.


“Vai permitir, no caso das vacas de leite, que possam ser transacionadas a partir de abril, quando este ano foi em maio”, afirmou João Ponte.


Para o Secretário Regional da Agricultura e Florestas as políticas do Governo e o empenho dos agricultores, a aposta na genética e nos cruzados de carne têm contribuído para o crescimento do setor da carne, que tem gerado cada vez mais recursos, riqueza e rendimento para as explorações agrícolas.


No caso específico de Santa Maria, a produção de carne rendeu, em 2017, cerca de 4,1 milhões de euros, o que dá bem nota do dinamismo e da importância deste setor para a economia mariense.

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