Açoriano Oriental
Governo paga até final de setembro reembolsos em atraso aos pescadores
O secretário do Mar anunciou o pagamento até final de setembro dos reembolsos em atraso dos combustíveis na pesca artesanal, na ordem dos 230 mil euros, "uma boa notícia", considerou a Cooperativa Porto de Abrigo.
Governo paga até final de setembro reembolsos em atraso aos pescadores

Autor: Lusa/AO online

 

“Havia uma série de reembolsos, da ordem dos 230 mil euros, é a ideia que tenho, que estavam em atraso (…). Tenho a indicação de que até ao final do mês de setembro será possível fechar esses reembolsos, que tiveram, por razões burocráticas, atrasados”, afirmou aos jornalistas Fausto Brito e Abreu, à saída da primeira reunião com a Direção da Cooperativa Porto de Abrigo após ter tomado posse em julho.

No início de agosto, a Porto de Abrigo alertou em comunicado que o executivo açoriano estava em dívida para com a pesca artesanal, nomeadamente com atrasos nos “reembolsos relativos a mais de ano e meio”.

Hoje, depois do encontro com o secretário regional do Mar dos Açores, o presidente da cooperativa, Liberato Fernandes, considerou que a decisão da tutela é “uma boa notícia”.

“Isso é uma boa notícia, porque corresponde a mais de um ano e meio de atrasos e parece-nos que existe uma boa perspetiva no sentido do sistema de combustíveis deixar de comportar uma diferenciação entre pesca costeira e pesca artesanal. Isso, a concretizar-se, é uma boa notícia”, afirmou Liberato Fernandes, acrescentando que é esse o sistema que vigora no resto do país e que até 2001 vigorava nos Açores.

O acesso facilitado dos pescadores ao combustível em portos açorianos onde não existem postos de abastecimento foi outro dos temas abordados na reunião de trabalho, que decorreu em Ponta Delgada, tendo o secretário regional assegurado que, nesta matéria, estão a ser “discutidas hipóteses diversas”.

“A marcação do gasóleo facilita muito a questão da fiscalização. É essa a opinião da Cooperativa Porto de Abrigo e o Governo prometeu continuar a estudar soluções técnicas”, disse Fausto Brito e Abreu, que deixou, também, a promessa de prosseguir o diálogo com os pescadores para rever a legislação relativa ao setor.

Insistindo que os pescadores estão a passar por muitas dificuldades, nomeadamente devido à quebra de rendimentos, Liberato Fernandes disse ter saído da reunião com o secretário regional do Mar com a certeza de que “há uma clara vontade de adotar medidas que contribuam para que esse sector passe de uma crise que é duríssima”.

O dirigente da cooperativa reconheceu que o novo secretário não pode resolver de uma hora para a outra “problemas que resultam de uma herança de décadas”.

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