Açoriano Oriental
Assembleia Legislativa Regional
Governo não tem intenção de punir ASTA Atlântida
O Governo Regional dos Açores não tem intenção de “punir” a ASTA Atlântida, apesar da empresa ter avançado para um processo de 'lay-off' e de estar a preparar a rescisão dos contratos com os seus 42 trabalhadores.
Governo não tem intenção de punir ASTA Atlântida

Autor: Lusa / AO online
A posição do executivo sobre esta matéria foi esta quarta-feira anunciada pelo presidente do Governo Regional, Carlos César, no plenário da Assembleia Legislativa Regional, depois do deputado comunista Aníbal Pires ter questionado por que razão o governo açoriano não exigia que a empresa cumprisse as suas obrigações sociais com os trabalhadores.

Para Carlos César, em vez de punir a empresa que gere o Hotel Spa das Furnas e o Hotel Casino, em Ponta Delgada, ainda em construção, o governo regional deve tentar “ajudar” a empresa a concretizar o investimento.

“Nós temos acompanhado este processo, não no sentido de punir e de romper com os seus diversos protagonistas, mas no sentido de os ajudar a ultrapassar uma fase da qual resultem benefícios para os trabalhadores e a concretização do investimento, que também julgamos de interesse publico, razão pela qual apoiamos”, afirmou o presidente do executivo açoriano.

Carlos César considerou ainda que o pedido de suspensão do contrato de trabalho com os 42 trabalhadores da ASTA Atlântida vai permitir “beneficiar” os funcionários, que passam a poder receber os vencimentos por inteiro, embora pagos na totalidade pela Segurança Social.

Em declarações aos jornalistas à margem do plenário, a secretária regional do Trabalho e da Segurança Social, Ana Paula Marques, manifestou esperança que a ASTA Atlântida encontre, nas próximas semanas, uma solução que permita manter os postos de trabalho e concretizar os investimentos turísticos a que se propôs.

A ASTA Atlântida esteve envolvida em várias polémicas devido aos sucessivos atrasos na abertura do Hotel Spa das Furnas e na construção do Hotel Casino, em Ponta Delgada, e à aparente incapacidade de pagar aos trabalhadores, alguns dos quais foram contratados para receber formação profissional, mas nunca chegaram a exercer a actividade

Citado esta quarta-feira pelo jornal Açoriano Oriental, Sandro Paim, da administração da ASTA Atlântida, admitiu dificuldades no pagamento das remunerações aos trabalhadores, mas frisou que a suspensão dos contratos de trabalho será temporária.

Segundo este responsável, os trabalhadores poderão retomar os seus postos logo que esteja concluído o processo de reestruturação que está em curso na empresa.
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