Açoriano Oriental
Governo dos Açores quer ser referência na Educação no país e na Europa numa década

O presidente do Governo Regional dos Açores destacou hoje o trabalho para “uma década a caminho do sucesso e distinção” do percurso educativo da região “no contexto nacional e europeu”, salientando a “normalidade” na abertura do ano letivo.

Governo dos Açores quer ser referência na Educação no país e na Europa numa década

Autor: Lusa/AO Online

“Estamos a fazer bem, num caminho que é progressivo e não se faz num instante. Em tão pouco tempo [oito meses], já este governo [de coligação PSD/CDS-PP/PPM] fez muito, porque colocou a educação na sua prioridade governativa”, afirmou José Manuel Bolieiro, em declarações aos jornalistas após a cerimónia de abertura do ano escolar 2021/2022 na Escola Básica (EB) 2/3 Roberto Ivens, em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel.

A redução de alunos por turma, a implementação de um projeto de treino educativo para conhecer o “potencial da capacidade cognitiva” de cada aluno, “281 professores colocados” em 321 “vagas abertas” e bolsas de estímulo para a formação académica na via Ensino foram alguns dos exemplos apontados pelo governante relativamente a iniciativas do executivo açoriano no arranque do ano letivo 2021/2022.

“Em matéria de sucesso educativo e subida nos ‘rankings’, [o processo] não se faz num instante. É preciso garantir um projeto para a década. Estamos a trabalhar com sentido estratégico para termos uma década a caminho do sucesso, do progresso e da distinção do percurso educativo dos Açores no contexto nacional e europeu”, frisou.

Bolieiro destacou ainda que o atual Governo Regional assumiu “um processo progressivo de eliminação do vínculo precário e garantir estabilidade no corpo docente”, tendo estado “a promover este projeto”.

“Garantimos mais professores, menos alunos por turma, estaremos sempre a trabalhar nas competências e equipamentos necessários para garantia da excelência do ensino”, afirmou.

Questionado sobre críticas do sindicato de professores relativamente à precariedade do corpo docente, José Manuel Bolieiro afirmou que a região “hoje está melhor do que ontem e a esperança é que amanhã esteja melhor do que hoje”.

“Não se pode exigir a um Governo que tem oito meses, e que já resolveu muito, que resolva tudo num só dia, quando a complexidade dos problemas é intensa e uma parte significativa não depende de um instante, mas de um caminho, nomeadamente a formação de mais docentes”, explicou, insistindo que o caminho definido para a Educação “obviamente não se realiza num só dia, nem num só ano”.

“Mas, estamos a fazer este caminho. Alcançamos o objetivo”, disse.

José Manuel Bolieiro considerou ainda que a “normalidade do ano letivo e do seu arranque é muito positiva”.

“A grande aposta e expectativa é que a retoma do ensino presencial [após dois anos letivos de ensino à distância devido à pandemia de covid-19] possa ser garantia de sucesso”, observou, agradecendo a “toda a comunidade educativa o esforço e sacrifício ao longo destes tempos difíceis”.

Aos alunos da EB 2/3 Roberto Ivens presentes no auditório onde decorreu a cerimónia de arranque do ano letivo, José Manuel Bolieiro pediu “respeito, confiança e participação”.

“Tenho confiança na juventude dos Açores. A gente pode ter um futuro melhor e o futuro são vocês. Ninguém está aquém do seu potencial”, sublinhou o presidente do Governo Regional, a quem alguns alunos pediram para tirar uma ‘selfie” no final da cerimónia.

O presidente do executivo açoriano disse ainda que “a Educação não é um peso, é uma oportunidade”, considerando que a prioridade do sistema de ensino tem de ser “o aluno e a aluna”.

“A escola tem de estar ao serviço dos alunos e das alunas. Temos procurado isso”, referiu.

A secretária Regional da Educação, Sofia Ribeiro, também assinalou o “reforço efetivo” de pessoal no arranque das aulas, apontando “mais de 150 professores efetivos”.

A responsável explicou ainda que Cristina Valente, psicóloga ‘coach’ (de treino) vai “ajudar a desenvolver o programa” do Governo Regional para “preparar o desenvolvimento da saúde emocional” da comunidade.

“Sem o trabalho de motivação do aluno, se o aluno não acreditar em si e no seu potencial, as outras medidas serão um paliativo”, justificou.


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