Açoriano Oriental
Governo dos Açores diz que menos verbas para Educação e Cultura não é menor aposta
O secretário Regional da Educação e Cultura, Avelino Meneses, disse que menos verbas para investimento nestas duas áreas na proposta de Orçamento Regional para 2017 não correspondem a uma menor aposta governamental.
Governo dos Açores diz que menos verbas para Educação e Cultura não é menor aposta

Autor: Lusa/AO Online

 

“No geral e comparativamente a 2016, há um decréscimo do montante do investimento de 89.664.854 euros, para 79.015.212 euros, reduções que ocorrem na Educação e na Cultura, não compensadas pelo acréscimo no Desporto. Este quadro não corresponde a uma menor aposta do Governo Regional dos Açores na Secretaria Regional da Educação e Cultura e, particularmente, na Educação e na Cultura”, afirmou Avelino Meneses.

Ao discursar no primeiro dia de debate das propostas de Orçamento e Plano regionais paras 2017, na Assembleia Legislativa, na Horta, ilha do Faial, Avelino Meneses explicou que “as reduções nestas duas áreas decorrem simplesmente da conclusão de obras que se achavam em fase de investimento intensivo, mais do que propriamente pela redução do número de empreitadas”.

A este propósito exemplificou com as obras em escolas na Ribeira Grande, ilha de São Miguel, e das Lajes do Pico, e da biblioteca de Angra do Heroísmo, na Terceira.

“De resto, na generalidade dos projetos são mais as ações que aumentam a dotação do que aquelas que reduzem a dotação”, garantiu o governante, considerando "interessante" verificar que na Educação, Cultura e Desporto, área que também tutela, "o investimento global em 2017, no começo da atual legislatura, é idêntico ao investimento global de 2013, no começo da anterior legislatura”.

Para Avelino Meneses, isto prognostica “uma evolução em crescendo com o desenvolvimento e a conclusão dos projetos e das empreitadas”.

Na discussão que se seguiu, Sónia Nicolau, deputada do PS, partido que suporta o Governo Regional, afirmou que a oposição “prende-se muito à taxa de abandono escolar”.

“Gostava que a oposição falasse da taxa de abandono escolar precoce, mas também de outras taxas, que nos dão imenso orgulho”, declarou, questionando: “Tem vergonha dos resultados dos alunos açorianos nas restantes taxas? Tem vergonha de dizer que os alunos açorianos estão a terminar com melhor sucesso o secundário? Tem vergonha de dizer que nós temos uma brutal taxa de escolarização?”.

A parlamentar social-democrata Maria João Carreiro respondeu que não se pode orgulhar “quando, nos últimos dados publicados, do ano letivo 2014/2015, os Açores continuam a estar na cauda do país”.

Sobre a taxa de abandono escolar precoce, Avelino Meneses reconheceu que gostaria de ter nos Açores uma taxa “muito menos elevada” e notou que, “ao cabo de dez anos, aumentou a taxa de abandono escolar precoce em Portugal, se bem que de uma forma muito diminuta”.

“Contrariamente, nas regiões autónomas, esse aumento não se verificou, houve redução ligeira e uma redução de dois pontos percentuais bem expressiva nos Açores. Estamos atrás, mas estamos a correr mais do que os outros e esse é o principal sinal que nós podíamos dar em matéria de abandono escolar precoce”, acrescentou o secretário regional.

 

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