Segundo Mário Mota Borges, foi feito um “trabalho extenso no sentido de aliar aquilo que era o valor necessário para atrair concorrentes" e, por isso, "se [o valor] não fosse adequado, não tinha havido nenhum concorrente”.
O responsável falava aos jornalistas no final da assinatura de um contrato-programa entre a Secretaria Regional dos Transportes, Turismo e Energia e a Associação de Turismo dos Açores (ATA) para o desenvolvimento de promoção e animação turísticas em 2021.
“A prova da adequação [do valor] está no surgimento da proposta que veio a concorrer”, salientou.
O governante disse ainda desconhecer as razões pelas quais outros cinco potenciais interessados não avançaram para o concurso de prestação de serviço aéreo interilhas, referindo que “o concurso foi público e internacional e todos aqueles que tinham condições para concorrer podiam ter concorrido, não concorreram por alguma razão”.
“Há transformações que ocorreram naquela que é a oferta do transporte aéreo e cada ‘player’ decidiu da forma mais adequada em alocar os seus recursos ao concurso A ou B”, disse, acrescentando que neste momento há um concorrente e será com esse que se irá trabalhar.
A SATA foi a única empresa a concorrer ao contrato de concessão do serviço público de transporte aéreo regular interilhas nos Açores, anunciou na quinta-feira o Governo Regional.
A SATA, segundo uma nota de imprensa do executivo açoriano, apresentou uma proposta de 139.999.590,00 euros para os cinco anos do contrato.
“Decorrido o prazo para apresentação das propostas, que terminou quarta-feira às 23:59 [hora de Lisboa], apenas a SATA Air Açores - Sociedade Açoriana de Transportes Aéreos, S.A., apresentou proposta, apesar de cinco empresas se terem mostrado interessadas no procedimento”, lia-se na na nota.
Após esta fase, caberá ao júri analisar a proposta apresentada pela SATA e submeter ao secretário Regional dos Transportes, Turismo e Energia, Mário Mota Borges, um “relatório fundamentado para efeitos de adjudicação”.
