Açoriano Oriental
Governo diz que solução para Escola Superior de Dança não depende da tutela

A secretária de Estado do Ensino Superior disse hoje que a tutela fez todos os esforços para a resolução do problema das condições físicas da Escola Superior de Dança, “não estando nada dependente de uma resposta sua”.

Governo diz que solução para Escola Superior de Dança não depende da tutela

Autor: Lusa/AO online

“A tutela envidou todos os seus esforços para resolver o problema, não estando nada dependente de uma resposta da nossa parte para que evolua”, disse Fernanda Rolo questionada sobre a situação da Escola Superior de Dança, cujos alunos e professores se manifestaram, na segunda-feira, contra a contínua degradação das instalações da escola, que funciona desde os anos 90 num palácio secular do Bairro Alto, e que dizem pôr em causa a segurança e higiene de quem ali trabalha.

Fernanda Rolo adiantou que visitou a escola na semana passada, a pedido dos estudantes.

“Visitei a Escola Superior de Dança quando os estudantes me solicitaram e quando nos confrontámos com esta situação, o Governo fez o que achou, que era acompanhar o Instituto Politécnico de Lisboa no sentido de criar uma solução rápida que permitisse resolver esta necessidade mais urgente”, disse.

Os alunos e funcionários da Escola Superior de Dança (ESD), do Instituto Politécnico de Lisboa, vão agora abandonar o edifício do Bairro Alto e passar a ter aulas no Instituto Superior de Engenharia de Lisboa.

O presidente do Instituto Politécnico de Lisboa (IPL), a diretora da ESD e a secretária de Estado do Ensino Superior reuniram-se e decidiram “transferir, provisoriamente, o funcionamento da ESD para o Instituto Superior de Engenharia de Lisboa”, revelou à Lusa o presidente do IPL, Elmano Margato, num curto comunicado de imprensa hoje divulgado.

Entretanto, o IPL vai entregar “na Direção Geral do Ensino Superior o programa preliminar relativo à construção de um novo edifício para a Escola Superior de Dança”, que será construído no Campus de Benfica do IPL.

O presidente do IPL volta a reforçar a ideia de que a construção do novo edifício só é possível com a receita da venda do Palácio do Marquês de Pombal, onde funciona atualmente a ESD.

“O calendário de construção do novo edifício, depende da abertura do concurso do projeto e empreitada e das autorizações necessárias, emitidas pelas entidades competentes, previstas na lei”, acrescenta o presidente.

Na segunda-feira, alunos, professores e funcionários queixaram-se da falta de condições daquele espaço que foi sendo adaptado a uma escola de dança.

Há zonas onde partes do teto já caíram, há casas de banho em que em vez de portas há cortinas a esconder as sanitas e a maioria das salas de aulas é muito fria porque nos estúdios não há regulação da temperatura ambiente, as janelas não fecham e o sistema de aquecimento está avariado.

No átrio, que funciona como sala de espetáculos, já não há apresentações, porque o sistema elétrico é demasiado perigoso.

“Há dias em que os professores têm de tirar a água das salas com baldes. Temos fungos e humidade. Temos ratos e baratas. Os últimos espetáculos dos alunos foram cancelados por motivos de segurança”, contou à Lusa Beatriz Dias, da associação de estudantes.

“Este é um edifício antigo que foi adaptado. Não foi construído de raiz”, sublinha a presidente da escola, que também foi aluna da ESD, que atualmente conta com quase 200 alunos, entre estudantes da licenciatura e de mestrado de ensino.


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