Autor: Lusa/AO On Line
Em declarações à Lusa, Gonçalo Castilho dos Santos defendeu que a estratégia anunciada pelo executivo é “necessária” para Portugal enfrentar as consequências da crise mundial, que afetou o país de “forma expressiva”.
“O Governo não entende haver condições para mudarmos de rumo. Este é o rumo que garante a consolidação das contas públicas e a abertura e estabilização para que haja crescimento e emprego, de forma a superarmos este momento mais difícil”, afirmou o responsável.
“O Governo olha para esta manifestação como mais uma manifestação de descontentamento, atendendo àquilo que sempre assumimos como medidas difíceis”, acrescentou.
Apesar de considerar “legítima” a iniciativa da Frente Comum dos Sindicatos da Administração Pública, Gonçalo Castilho dos Santos acha “peculiar” que a ação tenha ocorrido entre duas reuniões de negociação entre os sindicatos e o executivo central.
Face a essa “tentativa de pressionar o Governo”, apontou, a administração central responde com “a noção de quem tem o dever de zelar pelo interesse geral”.
O secretário de Estado considerou também que a manifestação desta tarde terá revelado uma tendência de “tentação de aproveitamento político-partidário”.
Sobre as declarações do secretário-geral do PCP, o governante disse que o executivo se “limita a registar” a “carga político-partidária” que alguns partidos atribuem a iniciativas do género.
A tutela não forneceu dados sobre a adesão à manifestação realizada hoje em Lisboa que, segundo a Frente Comum, reuniu na capital cerca de 100 mil pessoas.