Autor: AO/Lusa
Com o primeiro-ministro, Passos Coelho, a presidir ao evento, o discurso coube à ministra da Administração Interna, Anabela Rodrigues, ao contrário do inicialmente previsto, perante milhares de operacionais, em parada, e antes de 18 condecorações por serviços prestados.
"Os dados da criminalidade participada demonstram que percorremos o caminho certo. O relatório anual de segurança interna, referente ao ano de 2014, atesta uma redução de 6,7% da criminalidade geral, face ao ano anterior, um valor inferior à média dos últimos 12 anos. A criminalidade violenta e grave decresceu cerca de 5,4%, quando comparada a período homólogo. 2013 e 2014 registaram os valores mais baixos de criminalidade geral e violenta e grave desde que há registos", afirmou a governante.
Anabela Rodrigues referiu que a segurança é importante para assegurar um "ambiente propício ao investimento, criação de riqueza e emprego" e sublinhou o "esforço de investimento significativo, sobretudo num período de constrangimentos orçamentais".
"Desde 2011, foram adquiridas mais de 400 novas viaturas, estando agora prevista a aquisição de mais 119 para o ano de 2015. Houve igualmente um empenho significativo na recuperação e modernização de infraestruturas. Entre obras concluídas e obras em curso, falamos em 52 novas instalações, que totalizam um investimento de cerca 40 milhões de euros. Não menos importante, o rejuvenescimento do efetivo foi considerado prioritário. No final da legislatura, terão sido admitidos mais de 2.000 novos militares na GNR que, de norte a sul do país, muito contribuirão para a capacitação operacional das forças", assegurou.
O comandante geral da GNR, tenente-general Manuel Silva Couto, tinha-se dirigido antes às diversas entidades presentes e elementos das forças, que ascendem a 23.000, distribuídos por mais de 600 quarteis.
"Num curto balanço do que a GNR realizou em 2014, relevo os cerca d 59 milhões de quilómetros percorridos em um milhão de patrulhas a pé, meios motorizados, ciclo ou a cavalo", disse, focando também as fiscalizações a 1,3 milhões de condutores, a detenção de 20.165 pessoas, embora apenas materializadas em 3.400 diligências de investigação criminal, sem esquecer as três vítimas mortais em ação e 23 com ferimentos graves.