Açoriano Oriental
Governo considera "absurdas" declarações sindicais sobre o desemprego
A diretora regional do Emprego e Qualificação Profissional dos Açores considerou "absurdas as declarações de alguns dirigentes sindicais sobre os dados do desemprego" no arquipélago.
Governo considera "absurdas" declarações sindicais sobre o desemprego

Autor: Lusa/AO online

Ilda Batista, citada pelo gabinete de imprensa do executivo açoriano, afirmou que os dirigentes em causa "misturam e inventam números", somando pessoas que estão a trabalhar com desempregados e outras que estão "inativas e não disponíveis" para o emprego com desempregados.

A diretora regional declarou que, desta forma, se "põem em causa" os números do Instituto Nacional de Estatística.

O dirigente da UGT/Açores António Ferreira declarou na semana passada, em conferência de imprensa, que a taxa de desemprego na região é superior aos valores oficiais, atingindo 15.335 pessoas, a que acrescem 2.000 inativos.

No seu entender, estes valores assumem contornos "altamente preocupantes".

O sindicalista salientou na ocasião que os programas temporários absorveram cerca de oito mil pessoas, 5.271 das quais estavam inscritas nos centros de emprego dos Açores em programas ocupacionais, em fevereiro de 2016.

De acordo com os dados estatísticos oficiais coligidos pela estrutura sindical, a taxa de desemprego na região "mais do que duplicou" na sequência da crise, tendo passado de 5,6% no quarto trimestre de 2008 para 12,6% em igual período de 2015, o que se traduziu num aumento de 6.714 para 15.335 trabalhadores desempregados registados.

A diretora regional afirmou que estes números são questionados quando os Açores têm "a taxa de desemprego mais baixa dos últimos quatro anos, o maior número de pessoas empregadas dos últimos três anos e mais pessoas ativas mais qualificadas do que há três anos".

Ilda Batista afirmou não ser verdade que as pessoas em programas de emprego não tenham o direito de faltar para comparecer a um funeral ou para assistir ao nascimento de um filho, acrescentando que têm direito a dispensa para ir nas romarias e estar em atos cívicos como as eleições.

A responsável visitou hoje a associação de desenvolvimento local Norte Crescente, em Ponta Delgada.

A diretora regional acusou ainda os dirigentes sindicais de "aproveitamento político" ao usarem as pessoas e os programas ocupacionais, destacando que, no caso específico da associação Norte Crescente, ao abrigo do programa Recuperar, da responsabilidade do Governo dos Açores, são acolhidas três dezenas de pessoas.

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