Autor: Lusa/AO Online
"Os sindicatos afetos ao grupo SATA, como aliás qualquer açoriano, são livres de falarem com quem quiserem, onde quiserem e com quem quiserem. […] Mas também é bom que não existam equívocos nesta matéria. Da mesma forma que vivemos numa região livre, vivemos numa região autónoma que tem um governo e que tem um parlamento próprios", disse Vasco Cordeiro aos jornalistas, nas Velas, ilha de São Jorge.
O presidente do Governo Regional lembrou que o setor público empresarial dos Açores, de que faz parte a transportadora aérea SATA, está, como as empresas públicas de todo o país, sujeito a regras e fiscalizações de entidades como o Tribunal de Contas, "mas do ponto de vista político" está "dependente" do executivo açoriano, "que por sua vez não depende nem responde, muito menos isso, ao Partido Socialista nacional ou a qualquer outro partido nacional".
"Ele responde apenas ao parlamento dos Açores, que representa e é eleito pelo povo açoriano", afirmou o socialista Vasco Cordeiro, que recusou fazer mais comentários ou responder a outras perguntas sobre esta questão.
Cinco sindicatos da SATA reuniram-se hoje, em Lisboa, na sede do PS, com o deputado Rui Paulo Figueiredo e Vanda Guimarães, do Secretaria Nacional do partido, a quem manifestaram as suas preocupações em relação à companhia aérea dos Açores, de que o Governo Regional é acionista único.
“Continuamos sem perceber o porquê de querer destruir a SATA, o que vai provocar perdas salariais em todas as classes e em todos os trabalhadores dos Açores, bem como desemprego, e promover o encerramento de empresas que dependem diretamente da companhia, abrindo-se uma crise social sem precedentes”, afirmou o porta-voz dos sindicatos, Bruno Fialho, em declarações à agência Lusa após o encontro.
Bruno Fialho, dirigente do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC), disse ter referido ao PS que o Plano de Desenvolvimento Estratégico 2015/2020 da empresa, aprovado pelo acionista, “não está a ser cumprido” e que as chefias intermédias do grupo “sofrem de graves equívocos que perturbam o bom funcionamento” da companhia.
“Nós tememos pelo futuro da SATA”, declarou, dizendo que os sindicatos ficaram “extremamente satisfeitos com o resultado da reunião com o PS”.
“Fomos ouvidos. O PS tinha um conhecimento muito grande do que se passava na SATA e debatemos algumas questões”, relatou.
Os sindicalistas afirmam que expuseram as suas preocupações e receberam a garantia de que o partido “irá tentar fazer tudo o que é possível para ajudar a SATA a encontrar o seu caminho”.
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