Açoriano Oriental
Governo açoriano garante incentivos à natalidade inclusivos após dúvidas da oposição

O vice-presidente do Governo açoriano garantiu que os incentivos à natalidade vão ser “inclusivos”, após BE e PS terem questionado se vão excluir os beneficiários do Rendimento Social de Inserção (RSI), como pretende o Chega.

Governo açoriano garante incentivos à natalidade inclusivos após dúvidas da oposição

Autor: Lusa/AO Online

“Foi bastantes vezes repetido aqui o que era esse projeto de incentivos à natalidade, que não faltam neste governo e, como sabe, são todos eles inclusivos, não deixando ninguém para trás. Este é um projeto que não deixa ninguém para trás. É inclusivo. Não exclui ninguém”, declarou o vice-presidente do executivo (PSD, CDS-PP, PPM).

As declarações foram proferidas na discussão na especialidade do Plano da região para 2022, que decorre na Assembleia Regional, na cidade da Horta, após a pergunta do líder parlamentar do BE/Açores, António Lima.

Em causa estava a medida anunciada na quarta-feira pelo deputado único do Chega, José Pacheco, que prevê a atribuição de um valor até 1.500 euros por cada nascimento “para famílias sem apoios sociais”.

O deputado do BE considerou a resposta de Artur Lima como “evasiva” e acusou o executivo de “não ter a coragem” de assumir se está “com Deus ou com o diabo”.

“Os senhores estão a enganar todos os açorianos com este Orçamento e com esse teatro de sombras que aqui têm. Não se demarcam de uma proposta indecente que foi aqui feita. E é isso que faz desse governo o pior governo da autonomia”, declarou o bloquista.

O líder do PS/Açores, Vasco Cordeiro, solicitou “esclarecimentos” ao governo, considerando aquela uma “questão central para a aprovação do Orçamento”, uma vez que o deputado independente Carlos Furtado tinha anunciado não concordar com a medida.

“Tudo isto estaria clarificado se porventura a proposta de que tanto se fala tivesse sido apresentada nessa casa. Ela foi feita fora desta casa, às escondidas desta casa”, assinalou o socialista.

O vice-presidente do Governo dos Açores, Artur Lima, afirmou que as medidas de incentivo à natalidade serão “regulamentadas pelo governo” e trazidas a votação na Assembleia Regional.

“Virá uma proposta a esta assembleia onde toda a gente se pronunciará”, declarou o número dois do executivo.

O deputado do Chega, José Pacheco, também assinalou que cabe ao governo regulamentar a proposta e acusou o BE de insistir na “destruição social”.

O parlamentar independente, Carlos Furtado, que foi eleito pelo Chega, considerou o tema um “não assunto”, salientando que o Chega tem “zero capacidade para influenciar seja o que for nessa região”.

Já o líder parlamentar do PPM, Paulo Estêvão, acusou o BE de criar um “enredozinho” e “um problemazinho”, que “em nada beneficia os açorianos”.

PUB
Regional Ver Mais
Cultura & Social Ver Mais
Açormédia, S.A. | Todos os direitos reservados