"Em conformidade com a lei, Gérard Depardieu terá o seu registo permanente na Rússia", declarou à agência Ria-Novosti uma fonte do Governo da Mordóvia.
Segundo essa fonte, o apartamento na Rua Democrática, situado no centro de Saransk, cidade situada a 650 quilómetros de Moscovo, não é propriedade do ator, mas de Nikolai Borodatchev, diretor do Arquivo Estatal de Cinema e seu amigo de longa data.
"Depardieu não é proprietário desse apartamento, ele simplesmente está aí registado. Recebeu a autorização dos moradores", acrescentou.
O ator, que chegou na véspera a Moscovo e hoje foi recebido por Kirill I, chefe da Igreja Ortodoxa Russa, e pelo Vladimir Medinski, ministro russo da Cultura. No sábado, irá participar numa cerimónia em Saransk, onde lhe será entregue a certidão de registo.
Depois do encontro com Medinski, Depardieu revelou a intenção de rodar vários filmes sobre a cultura russa.
As autoridades locais anunciaram também que Depardieu visitará várias empresas da Mordóvia, república conhecida por aí se encontrarem numerosas prisões, numa das quais cumpre pena uma dos membros do grupo punk Pussy Riot..
O Presidente russo Vladimir Putin ofereceu a nacionalidade russa a Gérard Depardieu, 64 anos, depois de uma polémica do ator com o primeiro-ministro francês, Jean-Marc Ayrault, que classificou de "miserável" a sua decisão de trocar a França pela Bélgica por razões fiscais.
Então, Depardieu considerou a Rússia "uma grande democracia" e criticou a oposição russa, nomeadamente a ação das Pussy Riot num templo ortodoxo de Moscovo.
Serguei Udaltsov, líder da Frente de Esquerda, uma das forças da oposição russa, convidou-o a participar numa manifestação na Rússia para tomar o pulso da democracia russa.
