Autor: Lusa/AO online
No 'World Economic Outlook', o FMI afirma que esta estratégia "vai exigir ações simultâneas em várias frentes", além das já tomadas BCE, que lançou um programa de compra de dívida.
Para a instituição liderada por Christine Lagarde, são necessários "esforços concertados" para resolver o problema dos empréstimos em risco de incumprimento, os chamados créditos vencidos e de cobrança duvidosa, de forma a "reforçar os balanços dos bancos e a melhorar a transmissão monetária e a concessão de crédito".
"Uma regulação estrita dos empréstimos não performativos e melhorias nos procedimentos de insolvência e de execução de hipotecas vão dar aos bancos incentivos mais fortes para acelerar a eliminação destes empréstimos", refere o Fundo.
Outra recomendação passa por garantir que os países que têm margem orçamental "façam mais para promover o crescimento", incluindo investir em infraestruturas, e que os países com margem orçamental mais limitada "usem a nova flexibilidade do Pacto de Estabilidade e Crescimento para fazer investimentos e reformas estruturais e para seguirem políticas amigas do crescimento".
Além disso, o FMI reitera que as reformas estruturais devem ser implementadas para "aumentar a produtividade e o crescimento de médio prazo, revitalizar o investimento, encorajar a contratação de trabalhadores e promover o reequilíbrio" económico.
Para a entidade, as prioridades destas reformas devem ser a promoção de uma "maior flexibilidade no mercado de trabalho e de produto, a desregulação para remover barreiras ao investimento e um mercado comum mais integrado".
Depois de a inflação ter chegado ao final de 2014 nos 0,4%, o Fundo espera que a taxa de inflação na zona euro caia para os 0,1% em 2015 e que volte a recuperar em 2016, para os 1,1%.