Açoriano Oriental
Funcionários do SEF com funções não policiais iniciam hoje greve de dois dias
Os funcionários do SEF com funções não policiais iniciam hoje uma greve de dois dias que pode afetar o atendimento nos postos e atrasar a emissão de autorizações de residência, como os "vistos gold".
Funcionários do SEF com funções não policiais iniciam hoje greve de dois dias

Autor: Lusa/AO Online

A greve é convocada pelo Sindicato dos Funcionários do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SINSEF), que admite o encerramento dos postos de atendimento ao público e o atraso na emissão de autorizações de residência e de outros documentos de entrada e permanência de estrangeiros em Portugal, sendo também afetados os serviços de emissão de passaportes para portugueses.

Em comunicado, o SINSEF refere que a linha de atendimento do SEF está a desmarcar os agendamentos de processos para hoje e sexta-feira, devido à greve.

A presidente do SINSEF, Manuela Niza, disse à agência Lusa que os trabalhadores com funções não policiais, que representam 47 por cento dos funcionários do SEF, reivindicam “melhores condições de trabalho”, exigindo a reposição imediata da carreira de apoio à investigação e fiscalização, extinta em 2008, e a sua equiparação aos elementos da Polícia Judiciária com funções semelhantes.

Manuela Niza explicou que a nova lei orgânica do SEF apenas contempla a carreira de investigação e fiscalização, deixando de fora cerca de metade dos outros trabalhadores, motivo que levou este sindicato a apresentar um pedido de inconstitucionalidade junto do provedor de Justiça.

A sindicalista referiu que o SEF é composto pelos inspetores, que têm funções policiais, e por funcionários, que desempenham funções de apoio à investigação e fiscalização, como a parte documental e informática.

Segundo o SINSEF, aos funcionários com funções não policiais são pedidas, por exemplo, responsabilidades de organização processual e pareceres intermédios, com vista à emissão de despachos relativos aos chamados "visto gold" ou Autorizações de Residência para Investimento.

Além da reposição da carreira de apoio à investigação e fiscalização, o SINSEF exige também, com a paralisação de dois dias, a extensão da medicina de trabalho a todos os funcionários.

Segundo o sindicato, esta é a primeira vez que o SINSEF convoca uma greve.

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